Antes tarde que nunca para a humanidade descobrir que o Nada faz um bem danando.
Foi o que sugeriu reportagem da revista Isto É de uma edição antiga que encontrei do tempo em que separava páginas que tivessem assuntos interessantes para uma boa reflexão que se tornasse tema de uma futura crônica.
O texto reportava o surgimento de um Clube em São Paulo denominado Nadismo, fundado por um tal Marcelo Bohrer, cada vez mais frequentado, em que seus membros se dedicavam a ...não fazer nada. O que está longe de ser tarefa fácil, segundo ele: “Fazer nada é essencial para uma boa qualidade de vida, e isso é difícil porque as pessoas se sentem culpadas, por acharem que estão desperdiçando tempo. ” Enfim, finalmente se descobria as maravilhas do nada, o que pode ser resumido com uma frase “Nada como o Nada! ”
Algumas das regras do Clube eram expostas como essenciais para essa prática tão difícil e árdua: Esquecer os compromissos e curtir o momento; não se preocupar com o certo e o errado; privilegiar o silêncio e a imobilidade; não pensar produtivamente.
Para não confundir alhos com bugalhos ou nadas com nadas, dei tratos à bola para enveredar, tardiamente é bem verdade, nos benefícios do Nada, e consegui descobrir mais três vantagens de sua adoção:
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a). Nestes dias brasileiros de corrupção total e irremediável o Nada é incorruptível. Portanto, infinitamente menos maléfico do que o Tudo à sua volta.
b) O Nada é o único parceiro (a) fiel que existe. E o único que jamais o abandonará. Mesmo depois de morto.
c) Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, como cantava Lulu Santos. Exceto o Nada.
Obs. Passados tantos anos não consegui descobrir o que foi feito do Nadismo. Só espero que não tenha dado em nada.
(Como talvez fosse a sua finalidade...)
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