Projetos do Maranhão se destacam em mapeamento sobre qualidade de vida da pessoa idosa
Mais de 400 organizações, em 24 dos 26 estados brasileiros, aparecem no mapeamento e contribuíram compartilhando como é atuar no segmento da longevidade.
SÃO LUÍS - Duas iniciativas maranhenses têm chamado atenção por suas ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida e inclusão social de pessoas idosas. O Projeto EnvelheSER, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e o Projeto Social Capiit, do Ipem Turu, se destacam pelo desenvolvimento de atividades que promovem o bem-estar social, os direitos e a participação da população 60+, em São Luís. As ações vão desde rodas de conversa a campanhas de combate ao idadismo.
O EnvelheSER, por exemplo, tem como propósito mobilizar o público 60+ para que vivam de forma ativa e satisfatória, além de promover exposições, práticas de lazer e materiais educativos sobre os direitos dos idosos. Já o Projeto Capiit, oferece apoio comunitário, organizando encontros com foco em atividade física, saúde, oficinas e geração de renda.
Os dois projetos aparecem no Mapeamento do Ecossistema de Inovação Social em Longevidade 2024, um estudo que revelou como o Brasil lida com a pessoa idosa, com mais de 400 iniciativas identificadas em 24 estados. O levantamento, conduzido pelo Lab Nova Longevidade em colaboração com Ashoka, Instituto Beja e Itaú Viver Mais, aponta que o país vive um momento de crescimento acelerado da população idosa, com desafios e oportunidades que exigem a colaboração entre todos os atores da sociedade.
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“Iniciativas como o Projeto EnvelheSER e o Capiit mostram que, da academia à sociedade civil, incluindo governo, mercado e mídia, diferentes setores já estão contribuindo para repensar e inovar o modo como envelhecemos no Brasil. Isso significa uma sociedade onde todas as pessoas possam envelhecer com dignidade e contribuindo para suas famílias, comunidades e territórios”, declara a co-líder de Nova Longevidade na Ashoka, Marília Duque.
Segundo dados do IBGE, entre 2000 e 2023, a população com mais de 60 anos no Brasil duplicou, passando de 15,2 milhões para 33 milhões de pessoas. Além disso, projeção para 2070 é que os 60+ representem 37,8% do total da população brasileira. Essa mudança demográfica cria novas demandas relacionadas à saúde, educação e inclusão social. Entre os temas abordados pelo estudo, o envelhecimento saudável se destaca como uma das principais frentes, sendo citado por 82% das iniciativas mapeadas.
O relatório ainda chama atenção para barreiras importantes, como a exclusão digital, que pode restringir as oportunidades para acesso à saúde e informação, aprendizado ao longo da vida e participação cidadã ao longo da vida, comprometendo a qualidade de vida na velhice. Além disso, o estudo destaca a importância da colaboração intergeracional, com 74% das iniciativas focadas em promover a conexão entre diferentes gerações.
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