Por tempo indeterminado

Greve dos bancários do BB, CEF e BASA chega ao 3º dia no MA: saiba o que pede a categoria

No Maranhão, durante esta quinta-feira (12), há realização de atos públicos no interior do estado e em São Luís.

Imirante.com

Atualizada em 12/09/2024 às 10h46
Agência do Banco do Brasil, em São Luís. (Foto: Liliane Cutrim/Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - Chega ao terceiro dia a greve nacional dos bancários do Banco do Brasil (BB), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco da Amazônia (Basa) e segue por tempo indeterminado. No Maranhão, durante esta quinta-feira (12), há realização de atos públicos no interior do estado e em São Luís.

Segundo o Sindicato dos Bancários do Maranhão, na capital, os grevistas se reúnem em frente a Caixa da Praça Deodoro, no Centro, durante a manhã desta quinta, com o objetivo de pressionar os bancos a apresentarem uma proposta digna à categoria.

A categoria está reivindicando benefícios como: aumento real de salário; garantia de emprego, saúde e segurança; mais contratações; melhoria no atendimento à população; fim das metas, das reestruturações e do assédio moral.

Sobre a greve

A greve dos bancários da Caixa, BB e Basa teve início no dia 10 de setembro, após a categoria rejeitar a proposta dos bancos de reajuste de 4,64% (INPC + 0,7%) nas verbas salariais em 2024 e de 0,6% (mais a inflação) em 2025. Os funcionários cobram 34,47% de aumento, entre outras reivindicações.

O sindicato afirma que, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o índice oferecido pelos bancos é menor do que o conquistado por 85% das categorias no Brasil.

Além disso, a maioria dos trabalhadores obteve 1,54% de ganhos reais neste ano. “O percentual de 1,54% já é irrisório, mas os bancos ofereceram um valor ainda menor, de 0,7%, apesar do lucro de R$ 145 bilhões obtido em 2023”, destaca o sindicato.

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A categoria diz, ainda, que as propostas dos banqueiros e do governo federal não têm garantias sociais efetivas contra as metas abusivas, o assédio moral e as reestruturações. Também não preveem a contratação de mais bancários, condições dignas de trabalho, garantia de emprego e melhoria da assistência à saúde.

Reivindicações específicas para cada banco

Os bancários do Banco do Brasil afirmam que a instituição insiste na manutenção do Programa Performa; oficializa a extinção da função de caixa até dezembro; ameaça regulamentar a demissão imotivada; não aborda os problemas de custeio da Cassi e não inclui os bancários pós-2018 na cobertura do plano quando chegarem à aposentadoria.

Já os grevistas da Caixa Econômica Federal afirmam que o banco não abrange a convocação de concursados; mantém o teto de 6,5% sobre o Saúde Caixa e exclui do plano os pós-2018; não apresenta soluções para o equacionamento na Funcef; mantém o teto da PLR em até 3 remunerações; não incorpora a gratificação em certos casos e prevê perdas salariais para os tesoureiros.

Por sua vez, os bancários do Basa destacam que no banco não houve melhorias significativas quanto ao reembolso no Programa Saúde Amazônia nem aumento do teto de salários na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). 

“Por tudo isso, os bancários vão à greve geral! Juntos, podemos avançar mais”, enfatizou o coordenador-geral do Sindicato dos Bancários do Maranhão, Rodolfo Cutrim.


 

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