SÃO LUÍS - Fã de carteirinha dos alimentos salgados, o advogado João Alexandre, 46, demorou a perceber que algo não ia bem com a saúde - e levou mais tempo ainda para descobrir quem era o grande vilão. "Adorava alimentos salgados e usava sempre bastante sal nas minhas refeições, sem me preocupar com as consequências para a saúde", relata. Com o tempo, ele começou a notar sintomas como aumento da pressão arterial, inchaço nas pernas e sede constante, mas demorou a associá-los ao seu hábito alimentar.
Após consultas médicas, João descobriu que o excesso de sal estava causando retenção de líquidos, pressão alta e sobrecarregando seus rins. "Fiquei chocado ao descobrir que algo tão aparentemente inofensivo como o sal estava tendo um impacto tão negativo na minha saúde", diz ele.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite de consumo de sal é de até 2g de sódio por dia para adultos saudáveis. O problema é que o brasileiro consome muito mais que essa quantidade, chegando a nove ou até mesmo doze gramas de sal por dia, ou seis vezes mais do que o máximo recomendado.
A nutricionista da Hapvida Notredame Intermédica, Elis Fernanda Algarves da Silva, destaca que o consumo excessivo de sal está relacionado a problemas como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e renais. "O sódio desequilibra os líquidos corporais, levando à retenção de líquidos, sobrecarregando órgãos vitais como coração e rins", afirma ela. Sintomas como náuseas, fadiga e inchaço nas pernas podem indicar consumo excessivo de sal.
Continua após a publicidade..
Estratégias
Para ajudar as pessoas a controlar seu consumo de sódio, Elis recomenda evitar o uso de saleiro à mesa, reduzir alimentos industrializados ricos em sal e substituir o sal por ervas e temperos naturais. "É importante ler os rótulos dos alimentos para verificar o teor de sódio e optar por alimentos frescos e caseiros sempre que possível", aconselha a nutricionista.
João Alexandre aprendeu da maneira difícil sobre os riscos do consumo excessivo de sal e garante que, agora, está comprometido em cuidar melhor de sua saúde . “Espero que a minha história sirva como um alerta para todos nós sobre a importância de manter o equilíbrio na alimentação e monitorar o consumo de sal para uma vida saudável”, conclui.
Saiba Mais
- Estudo da Hapvida NotreDame Intermédica indica que cerca de 4% dos beneficiários adultos têm algum grau de doença renal crônica
- Caiu e bateu com a cabeça? Especialista ensina o que fazer
- "Morrer de raiva" existe? Entenda como a raiva é um fator de alto risco para doenças cardiovasculares e AVC
- Mês de conscientização: shopping é espaço de campanha para direitos das crianças com TEA e combate às fake news contra o câncer
- Epilepsia: 70% dos casos são de fácil controle, mas é preciso buscar tratamento
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias