SÃO LUÍS - Referência na formação de cidadãos e profissionais, o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) completou, no último dia 4, um ano sob a gestão de Cricielle Muniz - mulher negra que atualmente ocupa o cargo de direção-geral da escola. Ao longo da sua gestão à frente do IEMA, o instituto acumulou conquistas que vão além das fronteiras maranhenses.
O evento que formou 665 estudantes do instituto, em fevereiro deste ano em São Luís, a diretora-geral agradeceu pela oportunidade de gestão dada pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão. Em todo o estado, mais de 3 mil jovens colaram grau pelas diversas unidades do instituto.
“Sou muito grata pela confiança depositada em mim. Minha história, minha trajetória no IEMA é a prova de que, no governo de Carlos Brandão, todos com competência e preparo técnico podem conquistar um espaço de decisão”, compartilhou Cricielle Muniz. Fico feliz de contribuir para o crescimento desse instituto, que tem função indispensável para o crescimento dos alunos enquanto indivíduos e do estado como um todo”, afirmou.
Nascida e criada no bairro da Ilhinha, em São Luís, Cricielle Muniz é filha de uma ex-trabalhadora doméstica e um ex-vendedor de lanches. Por suas origens e trajetória, as principais bandeiras da diretora-geral são a representatividade, a educação acessível, a igualdade de gênero e a inclusão de minorias em todos os espaços.
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A criação do Núcleo de Diversidade Étnico-Racial do IEMA, em julho do ano passado, foi motivada por essas pautas. O projeto, com foco na valorização da diversidade e no enfrentamento ao racismo, faz parte das políticas de enfrentamento e combate ao racismo lançadas pelo Governo do Maranhão. O objetivo é jogar luz sobre a história africana e afro-brasileira, além de incentivar a liderança e jovens negros.
A gestão de Cricielle Muniz chamou atenção do maior festival de mulheres negras da América Latina, o Festival Latinidades. Ainda no ano passado, a diretora-geral foi convidada a ministrar um painel sobre igualdade, feminismo e a ascensão econômica de mulheres. O evento contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
“Eu já fui uma criança, uma adolescente negra. Por isso, sei a importância de ver pessoas como eu, mulheres negras, em posição de destaque”, pontuou a gestora. “Em uma sociedade ainda tão desigual, nossos jovens precisam de uma referência. Eles precisam ver que temos, sim, chances e oportunidades de mostrar nossa competência”.
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