SÃO PAULO - A detenção temporária de Sérgio Tavares, jornalista português, pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, despertou atenção global. Tavares, que desembarcou no Brasil para cobrir a manifestação a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi detido pela PF por aproximadamente três horas e meia, sem acesso ao seu passaporte.
O caso teve repercisssão internacional, com personalidades como o jornalista americano Glen Greenwald e o perfil jornalístico polonês Visegrád24, divulgando a situação em suas plataformas digitais. Greenwald, em particular, repercutiu um vídeo em que Tavares detalha as perguntas feitas pela PF, abordando temas como as ações do ministro do STF Alexandre de Moraes, o ex-ministro da Justiça Flávio Dino, vacinação, e os eventos de 8 de janeiro.
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Além da mídia internacional, o caso motivou o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) de Portugal a solicitar uma ação imediata do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Embaixada de Portugal no Brasil, contra o que chamaram de "perseguição fascista" por parte de grupos de extrema-esquerda que apoiam o presidente Lula.
Por outro lado, a Polícia Federal justificou a retenção do jornalista apontando a ausência de um visto de trabalho adequado por parte de Tavares, uma exigência legal para a realização de atividades jornalísticas no país. A PF acrescentou que Tavares também foi questionado sobre comentários críticos à democracia brasileira feitos em suas redes sociais, referindo-se ao Brasil como uma "ditadura do Judiciário". A instituição enfatizou que procedimentos similares são adotados internacionalmente em aeroportos ao redor do mundo.
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