Capa Dura

Empresa de SL é alvo de busca em ação contra fraude na Prefeitura de Porto Alegre

Polícia Civil do Maranhão colaborou com investigadores do Rio Grande do Sul.

Ipolítica

Mandado foi cumprido na sede de empresa em São Luís (Divulgação/Polícia Civil do MA)

SÃO LUÍS - Uma empresa localizada em São Luís está entre os alvos da polícia em uma investigação contra fraudes na Secretaria de Educação da Prefeitura de Porto Alegre (RS). No total, os investigadores acreditam em prejuízos da ordem de R$ 27 milhões com a compra superfaturada de material escolar. 

Na manhã de terça-feira (23) policiais civis do Maranhão cumpriram um mandado de busca e apreensão na sede da empresa na capital maranhense, localizada no Parque dos Nobres.

A ação, denominada Operação Capa Dura, foi deflagrada para combater irregularidades em processos licitatórios. Além do Maranhão e Rio Grande do Sul, buscas e prisões foram realizados no Rio de Janeiro,Paraná e Santa Catarina.

Em São Luís, equipes da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR) estiveram na sede da empresa. No local, os policiais apreenderam diversos documentos de interesse para a investigação que tramita na 1ª Delegacia de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (1ª DECOR/PC-RS).

Segundo as investigações, a empresa está sendo investigada por supostamente participar de fraudes em diversos procedimentos licitatórios oriundos da Secretaria de Educação da capital gaúcha. Em relação quatro adesões a atas de registro de preços, teriam sido adquiridos 440.396 livros didáticos ao custo de R$ 27,9 milhões.

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As investigações também revelaram que as mesmas empresas participavam da cotação de preços para o fornecimento do material escolar, chamando a atenção que uma delas, sediada no Maranhão, atuava na distribuição de insumos hospitalares.

As possíveis fraudes acabaram dado origem a duas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) em Porto Alegre.

O trabalho policial apontou vários indícios da prática de crimes licitatórios e lavagem de dinheiro em face da administração pública do município de Porto Alegre, além do crime de associação criminosa.

Prisões - Segundo informações do Correio do Povo, quatro pessoas foram presas temporariamente, entre elas uma ex-secretária da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, e duas assessoras dela, sendo uma coordenadora pedagógica e uma assessora técnica. Também foi detido um representante comercial, suspeito de ter intermediado negociações entre a pasta e empresas investigadas.

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