Profecias, pero no mucho!
Breve análise de algumas tendências para 2024 divulgado por especialistas.
Eu costumo dar uma olhada geral nas revistas, nacionais e internacionais, para “pescar” as expectativas para o ano que chega amanhã. Vou dividir aquelas que obviamente encontrei como as mais interessantes e prováveis que aconteçam.
A demanda por energia deve continuar a crescer em 2024, impulsionada pela expansão econômica global e pelo aumento da demanda por eletricidade em países em desenvolvimento. Também deve haver uma grande demanda de energia por parte dos datacenters para a implementação dos algoritmos de inteligência artificial e aprendizado de máquinas.
Esse crescimento da demanda deve ser atendido por um mix diversificado de fontes de energia, com destaque para petróleo, carvão e gás natural, em termos planetários. No Brasil, deve ser iniciada a exploração do bloco em águas ultra profundas no litoral do Amapá. Aqui no Maranhão, continuaremos o trabalho para garantir a exploração da Bacia de Barreirinhas.
As energias solar e eólica devem ser as principais fontes de energia renovável em 2024. O crescimento das fontes renováveis deve ser impulsionado pelos avanços tecnológicos e pelos preços mais competitivos dessas fontes. Os custos da energia solar e eólica caíram significativamente nos últimos anos, tornando-as mais competitivas em relação às outras fontes.
O desenvolvimento de novas tecnologias de armazenamento de energia, como baterias de lítio, é essencial para a integração de fontes renováveis intermitentes na rede elétrica. Espera-se avanços nessa área.
O avanço impressionante da inteligência artificial generativa em 2023 seguirá em alta durante 2024, com melhorias em algoritmos de aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e visão computacional. Um número crescente de empresas adotará essa tecnologia para impulsionar aplicações de dados em tempo real e desenvolver soluções dinâmicas e adaptáveis baseadas em IA. Conforme a IA se torna essencial no mundo dos negócios, é fundamental que as organizações assegurem que os dados que alimentam os modelos de IA sejam verdadeiros e reflitam a realidade, utilizando dados o mais atualizados possível.
Apesar da desaceleração da Lei de Moore, a busca por maior potência computacional continua. Avanços no design de chips, na ciência dos materiais e na computação quântica levarão a um processamento mais rápido e eficiente, abrindo novas possibilidades em vários campos. Isso implica em mais demanda de energia – fato que não está evidenciado nas últimas estimativas e previsões.
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A expansão da IoT deve continuar, com mais dispositivos conectados facilitando a vida cotidiana e permitindo novas formas de interação com o ambiente. Isso inclui aplicações na saúde, indústria e robótica. Igualmente, a implantação do 5G deve estar mais avançada, oferecendo velocidades de internet mais rápidas e facilitando novas aplicações, como realidade aumentada e virtual. Também dever haver novidades na pesquisa de redes 6G. Mais ainda, a cibersegurança será uma preocupação crescente, à medida que os ataques cibernéticos se tornam mais sofisticados.
A computação quântica continuará a ser uma área de pesquisa intensiva, com possíveis avanços significativos que podem começar a impactar campos como criptografia, simulação de materiais e otimização de problemas complexos. Enquanto isso, avanços na biotecnologia e na tecnologia médica, impulsionados pela IA e análise de dados, podem levar a melhorias significativas no diagnóstico, tratamento e personalização da medicina.
A tecnologia é uma desestabilizadora da História, enquanto a energia é garantia de soberania dos povos. O ano está configurado para trazer inovações constantes, alterando nossas vidas de maneiras ainda inexploradas. Enquanto o caminho exato pode ser incerto, uma coisa é clara: a tecnologia seguirá avançando rapidamente, afetando significativamente o nosso futuro. E a batalha por energia entre os países, nem sempre evidente, seguirá sendo eixo central das disputas internas e internacionais.
Allan Kardec Duailibe Barros Filho, PhD pela Universidade de Nagoya, Japão, professor titular da UFMA, ex-diretor da ANP, membro da AMC, presidente da Gasmar.
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