Língua estrangeira

Por que a primeira infância é ideal para aprender um segundo idioma?

Segundo especialistas, nessa fase as crianças têm mais facilidades para absorver novos idiomas.

Publipost/Escola Crescimento

Atualizada em 05/10/2023 às 11h01
O planejamento de um ambiente imersivo em um contexto bilíngue otimiza a aquisição do segundo idioma. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - O domínio de mais de um idioma é uma habilidade cada vez mais valiosa e desejável nos dias atuais. O ensino bilíngue nos primeiros anos de vida tem sido uma ferramenta poderosa para capacitar as crianças, desde cedo, a enfrentarem os desafios e aproveitarem as oportunidades que a globalização oferece.

Esse modelo educacional, no qual dois idiomas são usados como língua de instrução, permite que os alunos desenvolvam habilidades em ambas as línguas simultaneamente, não se limitando apenas à aquisição da segunda língua, mas também à integração de conteúdo acadêmico e à imersão em diferentes culturas.

Durante os primeiros anos de vida as crianças têm uma predisposição natural para aprender novas línguas. De acordo com Danielle Azevedo, Gestora Pedagógica da Educação Infantil, na primeira infância, de zero a 6 anos, o cérebro das crianças é altamente maleável e adaptável, o que significa uma capacidade natural para absorver novos idiomas, sons de forma mais eficiente do que em idades posteriores.

“Elas aprendem novos idiomas de maneira intuitiva, assim como aprendem sua língua materna, sem a necessidade de regras gramaticais complexas. Somado a isso, o ensino bilíngue possui pilares importantes como o social, cultural e linguístico, estes constituem a base para o alcance da fluência em um segundo idioma. Tais pilares transpassam a infância colaborando exponencialmente nesse aprendizado”.

Os benefícios são os mais diversos, dentre eles a melhora cognitiva, desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas e criatividade, além de ser uma importante ferramenta de preparação para o futuro, no qual as fronteiras linguísticas se tornarão cada vez menos relevantes.

“Não podemos deixar de citar o desenvolvimento das habilidades linguísticas, visto que além do amplo repertório lexical construído pelos alunos, a fluência em dois idiomas é uma habilidade valiosa em um mundo globalizado”, enfatiza a Coordenadora Bilíngue da Educação Infantil da Escola Crescimento, Aline Costa.

A Coordenadora Bilíngue destaca também que como essa abordagem educacional vai além do simples aprendizado de vocabulário e gramática, promove uma compreensão mais profunda das culturas e da diversidade linguística existente no mundo.

Este cenário educacional possibilitará que as crianças vivenciem a língua inglesa imersas em um contexto que favorece os repertórios social, cultural e intelectual.

Entre as famílias, há empolgação para o aprendizado de uma segunda língua pelos seus filhos, tendo em vista a crescente globalização mundial. Mãe de uma criança do Maternal I, Beatriz Sabóia, observa como esse aprendizado favorece o raciocínio lógico de sua filha, ao identificar que ela já consegue distinguir como se refere a algo no português e no inglês. Além disso, a mãe percebe o ensino bilíngue também como uma oportunidade de prepará-la para o futuro.

“Precisamos dar ‘asas’ aos nossos filhos. O que podemos proporcionar de melhor e mais prazeroso para eles é a educação e o estudo, nada melhor do que poder oferecer uma alfabetização na sua língua ‘mãe’, e na língua global também”.

As crianças têm uma predisposição naturalpara aprender novas línguas. (Foto: Divulgação)

Tendo em vista a importância desse modelo educacional para o aprendizado, é muito importante que os pais observem com atenção a proposta pedagógica na hora de escolher a melhor escola para o seu filho, observando se há de fato a integração de conteúdos curriculares em ambas as línguas, bem como um ambiente que celebre a diversidade cultural, visto que é um fator que pode enriquecer a experiência do aluno no ensino bilíngue.

“Certifique-se de que a escola também valoriza e apoia o desenvolvimento da língua materna do aluno. Lembrando que o sucesso do ensino bilíngue depende da parceria entre a escola e os pais, que devem estar dispostos a apoiar o aprendizado de seus filhos em ambas as línguas em casa”, alerta Aline Costa.

Além disso, o ambiente também deve favorecer o aprendizado, pois, em um contexto bilíngue, a aquisição do segundo idioma é otimizada, proporcionando o uso prático das línguas. Danielle Azevedo destaca que o aprendizado das mais variadas habilidades no processo de desenvolvimento infantil, o ambiente atua como um terceiro educador e no contexto bilíngue isso não é diferente.

“É necessário configurar esse espaço a fim de criar infinitas possibilidades de construção, levantamento de hipóteses, investigação, interação, jogo simbólico e, principalmente, o papel ativo das crianças nesses espaços. O planejamento de um ambiente imersivo em um contexto bilíngue otimiza a aquisição do segundo idioma, proporcionando o uso prático das línguas”.

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