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Flávio Dino reage a críticas de Rui Costa sobre "ações desarticuladas"

Em entrevista em cadeia nacional, o ministro-chefe da Casa Civil, afirmou que não há ação articulada na Segurança Pública; Flávio Dino não gostou.

Ipolítica

Flávio Dino não gostou de críticas do ministro da Casa Civil sobre a segurança pública (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

SÃO LUÍS - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), não gostou das críticas disparadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e rebateu o argumento utilizado pelo aliado de que não há, hoje no Governo, ações articuladas na Segurança Pública. 

Rui Costa convocou uma reunião com Dino e com o ministro da Defesa, José Múcio, mas o incômodo de Dino se deu ao colega de governo ter falado em entrevista ao O Globo, que falta sinergia entre as duas pastas: MJ e Defesa.

A crítica de Rui Costa desgastou ainda mais a imagem de Dino, que vive a expectativa de ser indicado pelo presidente Lula (PT) para ocupar  uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Leia também: Flávio Dino sob pressão no governo; Rui Costa fala de ações desarticuladas

Resposta

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Dino se posicionou em dois longos textos no X, antigo twitter, na manhã desta segunda-feira. O ambiente é de crise institucional no governo Lula, que se recupera de cirurgias no quadril e nas pálpebras.

“Nem só “inteligência”, nem só “força”. Um dos argumentos mais repetidos nos últimos dias, de intenso debate sobre a Segurança Pública, é que falta um “plano nacional”, pois não bastam “ações paliativas ou pontuais”. Agradeço muito tal sugestão, embora repetida há algumas décadas. Contudo, como já mencionei várias vezes, existe sim uma Política Nacional de Segurança Pública aprovada por Lei, que está sendo executada com planos, programas e ações articuladas, sem descuidar das imprescindíveis ações emergenciais. Chamar esse esforço de “sopa de letrinhas”, além de ser panfletário, desrespeita dezenas de profissionais que estão se dedicando ao tema com seriedade e responsabilidade”, escreveu Flávio Dino.

E continuou: “Precisamos muito que haja um acompanhamento mais profundo e atento sobre as três esferas da Federação que atuam na Segurança, inclusive para qualificar as críticas, a fim de efetivamente nos ajudar em tão difícil missão. Por exemplo, é equivocado o argumento de que o controle responsável sobre armas está sendo executado lentamente. Qualquer crítico cuidadoso olharia os números e leria os sucessivos decretos editados em poucos meses, antes de escrever um texto sério sobre o assunto”.

“Estamos sempre prontos ao diálogo. Por isso mesmo, sustento uma premissa: inteligência em segurança pública não é uma espécie de “pedra filosofal”, que exclui a necessidade de uso comedido e proporcional da força. Nem a força é uma “pedra filosofal” que implique dar tiros a esmo, sem inteligência. Vamos seguir o nosso trabalho com ânimo e fé, sempre mediante diálogo federativo como temos feito, e ouvindo os profissionais e especialistas da Segurança Pública. Finalmente, uma sugestão: lembremos que Themis tem nas mãos uma balança e uma espada. “A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do Direito.” (Rudolf von Ihering)”, finalizou.

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