"BOBOCA FALASTRÃO"

João Roma critica Flávio Dino por culpar Bolsonaro em meio à violência na Bahia

João Roma, presidente do PL na Bahia, classifica Flávio Dino como "falastrão" por culpar política de armas de Bolsonaro pela violência no estado.

Ipolítica

Ministro tentou culpar ex-presidente por violência em estado governado pelo PT. (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

SALVADOR - No centro da polêmica, o ex-ministro do governo Bolsonaro e presidente do Partido Liberal (PL) na Bahia, João Roma, não poupou palavras ao criticar o ministro da Justiça, Flávio Dino, por suas declarações recentes sobre a violência no estado. Dino atribuiu a política de armas do governo anterior como um dos fatores responsáveis pelo agravamento da violência na Bahia. Em resposta, Roma chamou Dino de "boboca falastrão" e acusou-o de transferir a responsabilidade, gerando um intenso debate político.

Durante uma entrevista à Brado Rádio na última segunda-feira (25), João Roma não segurou as críticas. Ele classificou a fala de Flávio Dino como "ridícula" e alegou que o ministro estava tentando desviar a atenção dos reais problemas da Bahia com "frases de efeito midiático". De acordo com Roma, a violência desenfreada que assola o estado é, na verdade, resultado de mais de duas décadas de governos do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, que teriam permitido o crescimento do crime organizado.

Roma também afirmou que Flávio Dino age de maneira contraproducente como ministro da Justiça, chamando-o de "ministro da Injustiça". Ele criticou a postura festiva e o desrespeito ao Parlamento atribuídos a Dino, sugerindo que ele não deveria ocupar o cargo de ministro.

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No cerne da controvérsia está a onda de violência que tem assolado a Bahia nos últimos meses. Flávio Dino, ao conversar com jornalistas no último domingo (24), descartou a possibilidade de intervenção federal no estado e culpou o governo anterior, presidido por Bolsonaro, pela situação. Ele argumentou que a política de acesso a armas para cidadãos com bons antecedentes, implementada pelo governo Bolsonaro, teria beneficiado o crime organizado.

João Roma, por sua vez, criticou a omissão de Dino em relação à relação histórica entre a esquerda, em especial o PT, e o fortalecimento de facções criminosas. Ele argumentou que no governo anterior, apesar do acesso facilitado a armas legais, houve uma queda nos índices de criminalidade.

Além disso, João Roma expressou seu pesar em relação à perseguição política e judicial direcionada a Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente ainda é a maior liderança da direita no país.

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