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Apagão acontece um dia depois de presidente da Eletrobras renunciar posto

Queda de energia afetou ao menos 18 estados e o Distrito Federal na manhã desta terça-feira; Equatorial informou que o 'Esquema Regional de Alívio de Carga' causou a interrupção geral.

Ipolítica, com informações do g1

Atualizada em 15/08/2023 às 14h09
Wilson Ferreira Júnior renunciou ao cargo nesta segunda-feira, um dia antes do apagão (Laís Lis / G1)

SÃO LUÍS - Um dia antes de um dos maiores apagões no Brasil dos últimos anos, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, deixou o comando da empresa. A Eletrobras, ou Centrais Elétricas Brasileiras S.A., é uma empresa de capital aberto que desempenha papel fundamental na garantia do fornecimento de energia elétrica para o país.

A renúncia de Wilson Ferreira, ocorrida no dia anterior ao apagão, acontece em um momento crítico em que a demanda por energia elétrica é alta e as discussões sobre a privatização da empresa na gestão de Jair Bolsonaro se intensificam.

Entre os anos de 2018 e 2021, Wilson Ferreira assumiu a presidência da Eletrobras durante os mandatos dos presidentes Temer e Bolsonaro. Sob sua liderança, a empresa adotou uma estratégia de preparação para a privatização, que incluiu medidas como a redução de despesas e a alienação de ativos. Um exemplo notável é a sua condução do processo de venda das distribuidoras de energia, direcionando o foco da companhia para as áreas de geração e transmissão de energia. Além disso, ele tomou medidas como a contenção de contratações e a implementação de programas de demissão voluntária.

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Motivos da Renúncia e Apagão

A saída de Wilson Ferreira, que alegou questões pessoais, gera questionamentos sobre se sua decisão poderia ter sido influenciada por informações antecipadas sobre a iminente crise energética. A coincidência entre a renúncia e o apagão deve afetar as ações da Eletrobras e provocar debates sobre a estabilidade do setor elétrico.

No lugar de Ferreira foi nomeado Ivan Monteiro em decisão tomada pelo conselho da empresa. Ele construiu sua trajetória no Banco do Brasil, alcançando a posição de vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores em 2009, durante o segundo mandato de Lula. Além disso, ocupou a presidência da Petrobras durante o governo de Michel Temer e exerceu a função de chairman do Credit Suisse no Brasil.

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