Discursos

Governistas comentam cassação de Deltan Dallagnol na Assembleia

Carlos Lula (PSB) e Rodrigo Lago (PCdoB) manifestaram-se após decisão do TSE.

Ipolítica

Atualizada em 17/05/2023 às 14h58
Carlos Lula e Rodrigo Lago manifestaram-se na Assembleia (Divulgação)

SÃO LUÍS - A cassação do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi pauta de discursos de pelo menos dois aliados do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Da tribuna, manifestaram-se os deputados estaduais Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB).

“Não dá para a gente sair queimando tudo, queimando as instituições. E o maior partido político desse país nos últimos anos, que foi o partido político da lava jato, não é nem sigla. Ele queimou as instituições do Brasil, tocou foco em tudo, botou todo mundo na mesma lama, para quê? Para, ao final, os dois mentores de tudo que faziam jogadinha combinada, um membro do Ministério Público, outro juiz, estarem na política: um senador e outro deputado federal. E mais do que isso, não só estarem na política, estarem na política, dizendo que a política nãos serve, que não funciona, que isso e aquilo outro. Não dá para ser assim.”, inicou seu pronunciamento Carlos Lula.

Ele disse esperar que o episódio “seja didático”. “Eu não quero nem aqui debater os fundamentos do TSE, se estão certos ou errados, mas foi mais um jacobino guilhotinado com sua própria guilhotina. Trinta segundos, Senhor Presidente para terminar. Mais um jacobino guilhotinado com sua própria guilhotina, com as armas que ele mesmo criou, com interpretações extensivas, com interpretações elásticas. Apontando o dedo para todo mundo e esquecendo de si próprio, 7x0. Senhor Deltan Dallagnol, o senhor fez um mal enorme à democracia no Brasil e agora sente, na sua pele, o mesmo mal que V. Exa. criou. Espero muito, Senhor Presidente... Não gosto aqui da cassação de ninguém, de nenhum parlamentar. Isso não é algo para ser comemorado, mas espero muito que esse episódio seja didático”, completou.

Para Lago, Deltan “foi o algoz da nossa democracia". “Ele que prendeu o nosso presidente Lula, calou a voz do povo brasileiro, usou infelizmente do sistema de Justiça para cometer, aqui no Brasil, a maior das injustiças, que foi prender um inocente, alterar o resultado de uma eleição, e quer vir para a eleição! Largue primeiro a toga! Errou ele, errou também o Sérgio Moro. Ontem caiu ele, eu tenho certeza de que a democracia um dia fará o encontro de contas também com o ex-juiz Sérgio Moro, que interferiu diretamente no processo eleitoral de 2018. Infelizmente, jogou o Brasil nesse desastre que foi na gestão do Presidente Bolsonaro. Graças a Deus e graças agora ao sistema de justiça que funcionou. A lei é para todos, como ele mesmo diz”, disse.

O comunista também destacou o fato de que foi uma emenda do então deputado federal Flávio Dino (PSB), que possibilitou a alteração da Lei da Ficha Limpa para incluir no dispositivo casos como o do ex-procurador.

"Por coincidência, uma feliz coincidência, Deputado Carlos Lula, essa emenda do então Deputado federal Flávio Dino à Lei Ficha Limpa acabou servindo para cassar o mandato do Deputado Deltan Dellagnol. Agora ele é político cassado, ficha suja e está fora da política, porque a lei, como ele próprio diz, é para todos", finalizou.

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