Poder público tem estrutura para garantir segurança nas escolas?
Casos nacionais e dois episódios no Maranhão despertam a dúvida sobre as condições do governo e dos municípios de garantir que o ambiente escolar seja um local seguro para crianças e adolescentes.
SÃO LUÍS - Por muito tempo, ataques em escolas eram notícias que chagavam aos lares brasileiros com informações de fora do país. Geralmente vinham dos Estado Unidos. Parecia uma realidade distante principalmente no Maranhão. Talvez somente na década de 90 que havia os rumores de invasão de escolas por membros de gangues, sem que - de fato - tenha sido confirmado tais ataques.
Algumas décadas depois, o Brasil começa a registrar ataques em escolas. Ataques aos moldes ocorridos nos Estados Unidos e outros países. Jovens que por um jogo de vídeo game, estresse, depressão, por exemplo, entra em uma escola e decide fazer uma chacina. Adultos também entra mata professor, estudante, causa incêndio.
Os casos não são mais raros. E no Maranhão, nesta quarta-feira, 5, um possível caso foi impedido após informações que chegaram à polícia.
Com situações menos raras nos últimos tempos, ficam vários questionamentos. Talvez o mais imediato é quanto a segurança nas escolas. As escolas (tanto particular quanto pública) no Maranhão estão preparadas para impedir ondas de agressões e violências? O poder público tem estrutura para garantir segurança aos alunos?
O certo é que a resposta para os questionamentos é não. O governo estadual tem um grupo destinado a ronda nas escolas. A ronda escolar funciona de segunda a sexta-feira. Mas, apesar do nome, as condições dadas são poucas.
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Atualmente existem duas viaturas com três policiais militares em cada que atendem chamados vindos das escolas sejam públicas ou particulares. São seis policiais para atender todas as escolas de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. No caso da capital, a zona rural também faz parte do raio de atuação da ronda.
E detalhe: este trabalho ocorre na parte externa somente.
Fora esta questão mais prática quando se fala de segurança, o poder público não tem estrutura para garantir, por exemplo, acompanhamento socioemocional dos alunos das escolas públicas no Brasil.
Aqui no Maranhão, o secretário de Educação, Felipe Camarão falou de ajuda do Governo Federal para avançar nas ações que possam garantir seguranças nas escolas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva debaterá sobre quais ações podem ser feitas juntos a municípios e estados para barrar esta onda de ataques em unidades escolares.
E o momento pede pressa. É preciso ações urgentes!
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