Mercado de produção de eventos: desafios e tendências
O cenário atual da cultura e do entretenimento é de grande otimismo, com o retorno dos eventos após o período da pandemia.
Organizar um evento não é tarefa fácil, já que, entre outras características, envolve muitos colaboradores. A etapa inicial é desenvolver um bom planejamento e estabelecer as estratégias que toda a equipe vai executar, para que tudo ocorra da melhor maneira possível.
Para isso, alguns pontos importantes de atenção são: identificação do público-alvo do evento, definição do orçamento, negociação com patrocinadores e parceiros, foco na experiência do participante, uma boa escolha do local e data, ter um time de produção capacitado, além de estratégias de comunicação e marketing bem pensadas. É necessário estar atento aos detalhes, de modo a minimizar os possíveis imprevistos. Nesse sentido, ter fornecedores de qualidade faz toda a diferença.
O cenário atual da cultura e do entretenimento é de grande otimismo, com o retorno dos eventos após o período da pandemia. De acordo com dados da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), em 2022, o segmento cresceu 400% em comparação com 2020, responsável por 4,32% do PIB brasileiro. Foi registrado faturamento de R$ 314,2 bilhões e cerca de 6,4 milhões de pessoas estiveram envolvidas no hub setorial. Shows, eventos corporativos, congressos, feiras, encontros esportivos, festas, entre outros tipos de atividade – todos voltaram com força total.
Os números demonstram quanto esse mercado é potente, impactante e importante como fonte de renda e de consumo na vida das pessoas. Muitas outras áreas são contempladas pela retomada dos eventos. Estamos falando de uma cadeia que envolve desde produtores, até os trabalhadores informais. Para se ter uma ideia, foram gerados 2 milhões de empregos apenas entre janeiro e setembro de 2022, e em 2023 os resultados devem ser melhores.
Por isso, é preciso pensar em como contornar os desafios dessa área. Os obstáculos na ideação de um evento são diversos, desde a questão da viabilidade financeira até fatores mais operacionais e de logística, como as condições climáticas, além da responsabilidade e credibilidade da empresa responsável por organizá-lo.
Em uma pesquisa desenvolvida pela Moozk, startup do setor que integra música, negócios e serviços, foram entrevistados produtores e profissionais da área por todo o Brasil, e 90,2% dos respondentes destacaram como sua principal dor os cachês pagos, no que se refere aos valores praticados e na falta de segurança com a remuneração. O segmento de eventos ainda apresenta muita informalidade nas negociações, muitas delas sendo realizadas via aplicativos de mensagens, sem garantia de estabilidade para contratante ou fornecedor. Outro gargalo citado por 59% dos entrevistados é a dificuldade em encontrar fornecedores de serviços e equipamentos mesmo estando no estado em que residem. Esse problema é ainda maior para aqueles que atuam com circulações de shows e eventos.
As startups vêm impactando vários setores da economia há muitos anos, e a economia criativa não poderia ficar de fora dessa bolha. Muitas empresas oferecem soluções voltadas para shows e eventos, com foco em aspectos como vendas de ingressos, credenciamentos, comunidades, gestão financeira, eventos on-line, híbridos, entre outros. A Moozk, por exemplo, traz ao setor o modelo de marketplace. É um verdadeiro iFood dos eventos. Numa ponta, os usuários podem oferecer serviços técnicos e equipamentos para palcos de shows, entre outras possibilidades. Na outra, estão os contratantes que buscam seus fornecedores por localização, têm acesso a canais rápidos de orçamentos, histórico, referências e reputação, além de opções de pagamento seguras, entre outras facilidades.
Continua após a publicidade..
As parcerias, a diversidade, a inclusão e a tecnologia estarão em foco neste novo ciclo – a América Latina é a região que prevê um maior crescimento de participantes em eventos, segundo relatório do 2023 Global Meeting and Events Forecast. Além disso, a sustentabilidade (ambiental, social e financeira), a realidade aumentada, o foco na experiência do participante e o metaverso são tendências fortes para os próximos momentos.
Estamos vivendo em uma geração cada vez mais conectada. As pessoas querem encontrar as informações em um só lugar, com mais agilidade. Por isso, as plataformas digitais devem ser cada vez mais presentes nessa área, dando acesso a um número maior de fornecedores e serviços.
*Bruno Nogueira é Diretor de operações da Aduela Ventures, primeira corporate venture builder no segmento de comunicação e entretenimento no Brasil; Sérgio Brandão é Founder e CEO do Moozk, primeiro marketplace nichado à indústria musical e de eventos.
Sobre a Aduela Ventures
Primeira corporate venture builder no segmento de comunicação e entretenimento no Brasil, a companhia é fruto da parceria do Grupo Mirante, maior conglomerado de comunicação do estado do Maranhão, com a multinacional FCJ Venture Builder, pioneira no ramo de venture builder no Brasil. Tem como propósito captar martechs (marketing) e adtechs (propaganda), estimular boas ideias, dar suporte, promover e direcionar essas empresas ao mercado. Para mais informações, acesse: https://aduela.ventures/ e @aduela.ventures.
Saiba Mais
As opiniões, crenças e posicionamentos expostos em artigos e/ou textos de opinião não representam a posição do Imirante.com. A responsabilidade pelas publicações destes restringe-se aos respectivos autores.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias