Após críticas de Lula

Arthur Lira defende autonomia do BC, e diz que deputados são contra mudanças na lei

A declaração foi dada durante entrevista em Cascavel (PR). Lira disse ainda que 'tanto faz' Coaf ficar na alçada do BC ou do Ministério da Fazenda.

Ipoliica com informações do g1

Atualizada em 09/02/2023 às 14h36
Arthur Lira defende autonomia do BC e diz que deputados são contra mudanças na lei (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASÍLIA- Nesta quinta-feira (9), Arthur Lira defendeu a autonomia do Banco Central, na avaliação dele se trata de uma “marca mundial”. O Presidente da Câmara disse ainda que a maioria dos deputados é contra mudança na lei que rege a instituição. A lei de autonomia do Banco Central foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro, e tem o objetivo blindar a instituição de pressões político-partidárias. 

Arthur Lira deu a declaração durante entrevista em Cascavel (PR) onde participou de uma feira agropecuária. O deputado alagoano afirmou também que a maioria da Câmara é contra uma mudança na legislação que rege a instituição. "O Banco Central independente é uma marca mundial", afirmou Lira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito uma série de críticas ao banco nas últimas semanas. Questionando o Comitê de Política Monetária (Copom) do órgão e ao presidente Roberto Campos Neto. O petista também já chamou de "bobagem" a independência do BC. Para Lula, o país terá dificuldades de crescer com a atual taxa básica de juros, mantida em 13,75% pelo Copom na semana passada.

Economistas avaliam que a redução dos juros, para não piorar a inflação, deve ser acompanhada de melhorias na economia. O governo precisa dar sinais positivos ao mercado e aos investidores, por exemplo, garantindo responsabilidade fiscal e segurança jurídica.

Coaf

Durante a entrevista, Lira também foi questionado sobre a situação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O Coaf é uma unidade de inteligência financeira do governo federal que atua principalmente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro, crime que consiste na prática de disfarçar dinheiro de origem ilícita.

Na gestão Jair Bolsonaro, o órgão integrava a estrutura do Banco Central. No início do governo, Lula editou medida provisória, colocando o órgão sob a supervisão do Ministério da Fazenda, pasta chefiada por Fernando Haddad.

Um movimento, capitaneado pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e pelo deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), defende a volta do órgão para o Banco Central.

Para Arthur Lira, "tanto faz" a localização do Coaf, desde que a atuação seja estritamente técnica. "O Coaf é um órgão técnico, que tem que ir atrás de operações irregulares, não atrás de pessoas. Seguindo o rito do que ele tem que se dispor a fazer, tanto faz, no meu ponto de vista, ele ficar no Banco Central como no Ministério da Economia", declarou.

 

 

 


 

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.