Dengue, Zika e chikungunya

Combate ao Aedes aegypti é intensificado em São Luís

Doença registrou crescimento acima da média, no Maranhão, entre 2021 e 2022.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 21/01/2023 às 16h09
Dengue é a doença mais comum provocada pela transmissão do mosquito Aedes aegypti.

SÃO LUÍS - O Maranhão registrou um crescimento nos casos confirmados de dengue, zika e chikungunya. Nos últimos dois anos, só o número de pessoas contaminadas pelo vírus da dengue (a doença mais comum provocada pela transmissão do mosquito Aedes aegypti) saltou de 1.104, em 2021, para 5.412, contabilizados em 2022.

As três doenças infecciosas, em cuja origem está a transmissão por meio do mosquito Aedes aegypti, são definidas como arboviroses. Dentre as características deste grupo de doenças, destaca-se o seu caráter sazonal, o que significa maior incidência de infecções em períodos específicos do ano.

Em São Luís, a chegada do período chuvoso ocasiona um aumento no volume de água, que, por sua vez, acumula-se, comumente, em regiões onde há o descarte irregular de lixo. A água parada, em locais como vasos e pneus, além de alagamentos – que tornam propício o contato de pessoas com água do esgoto – intensifica o cenário de infecções, capital.

Foto: Reprodução/TV Mirante

Segundo a prefeitura de São Luís, foi iniciada nesta semana o trabalho de controle e combate de arboviroses. Em entrevista à TV Mirante, o técnico de arboviroses, Júlio Cezar, afirmou que o combate à doenças como a dengue, Zika e chikungunya perdeu força nos últimos anos.

“Com a [presença] da Covid-19, as pessoas se preocuparam mais em cuidar dos pacientes de Covid. E os casos de dengue, Chikungunya e Zika ficaram em segundo plano. Por isso, eu acredito nessa diferenciação. O que acontece é que agora, no momento, como a Covid acalmou, as pessoas procuraram, também, as unidades de saúde e foram descobrindo que estavam contaminadas com dengue, com zika, chikungunya”, disse  Júlio Cezar.

Ainda de acordo com o técnico Júlio Cezar, as equipes responsáveis pelo monitoramento de arboviroses estarão atentas aos terrenos baldios presentes em São Luís. O lixo, erroneamente concentrado em alguns desses locais, oportuniza o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti.

“Os terrenos baldios são um perigo, porque as pessoas colocam lixo em lugares inadequados, lá, naqueles terrenos. E é um perigo porque acumula muita água; tem muitos objetos que acumulam água e a preferência do mosquito é justamente ali: ao colocar os ‘ovos’ e gerar focos”, concluiu o técnico de arboviroses, Júlio Cezar.


 

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