SÃO LUÍS - Um estudo realizado e divulgado em novembro deste ano, aponta que 83% das pessoas valorizam o bem-estar no trabalho tanto quanto o salário. A pesquisa fez questionamentos a mais de nove mil pessoas, em nove países, incluindo o Brasil.
Os questionamentos respondidos demonstraram que, 36% dos entrevistados não acreditam que a empresa em que trabalham está comprometida com seu bem-estar. Ainda segundo o levantamento, 85% das pessoas afirmam que tenderiam a ficar no cargo se a empresa desse maior atenção a esse aspecto.
A psicóloga do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Janilia Cândido, reforça que, para além do salário recebido, existe o ‘salário emocional’, que é tão importante quanto o dinheiro. “É o bem-estar dentro da empresa. Um empregado doente, a depender do grau, terá que ser afastado, o que é um processo doloroso para ele, para a família e para a empresa também. Em alguns casos, esse colaborador pode até ter que ser substituído por outra pessoa. É uma via de mão dupla: enquanto eu te ajudo a ficar bem, você consegue produzir melhor”, ressalta.
Ainda segundo a pesquisa, só no Brasil, 25% dos entrevistados dizem que se sentem infelizes no emprego. Outros 20% afirmam que sentem que, por conta do trabalho, não têm tempo de cuidar do próprio bem-estar. É o mesmo percentual que declararam que seu bem-estar "poderia melhorar" e que, atualmente, está "ruim” ou “muito ruim".
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“O funcionário produz mais quando está bem emocionalmente. Quando a empresa pensa na saúde mental, ela não considera só o bem-estar do funcionário. Ela pensa, também, no aumento da produtividade”, afirma a profissional.
O que as empresas podem fazer
De acordo com a psicóloga, o ponto crucial é ver o funcionário como ser humano e não como máquina. “A gente precisa olhar para os funcionários como seres humanos, não apenas como funcionários. Saber que, por trás dele, existem histórias que precisam ser respeitadas. Então procure sempre ouvir o colaborador e entender suas dores”, orienta.
Janilia adverte os chefes para evitarem expressões como “o teu problema fica da porta para fora”, explicando que não é possível desvincular o funcionário dos seus problemas pessoais. “Quanto mais humana a empresa se torna para o funcionário, melhor a produtividade”, finaliza.
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