ARTICULAÇÃO POLÍTICA

Mudança de secretariado no governo Brandão só acontece em fevereiro

Governador pretende evitar insatisfações na base e acomodar aliados da melhor forma

José Linhares Jr

Reforma no secretariado será anunciada após acomodações políticas em outras instâncias (Paulo Soares)

SÃO LUÍS - O governador Carlos Brandão (PSB) deve esperar até a eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa para realizar a reforma administrativa em seu governo. Após pequenas mudanças quando assumiu em abril de 2022, o governador deve outras apenas após as questões políticas estarem exauridas. A justificativa para a movimentação é a tentativa de garantir um processo de transição política sem traumas entre a base governista.

A reforma administrativa, evidentemente, é vista como um ponto central para a administração do estado. Após assumir uma equipe montada por seu antecessor, Brandão promoveu uma minirreforma poucos dias após assumir o governo e vários novos secretários. 

Contudo, muitos dos nomes que assumiram naquela ocasião estão com data de saída marcada, caso do vereador de São Luís, Paulo Victor (PCdoB). Ele assumiu a pasta da Cultura (Secma), mas deve deixar a secretaria para assumir a Presidência da Câmara de São Luís no começo do próximo ano. 

Outros secretários também assumiram pastas após a incompatibilidade de seus antecessores que deixaram os cargos para disputar as eleições. Fazendo-se necessária uma acomodação política.

Entre os nomes tidos como certos para permanecer em seus cargos estão Sebastião Madeira (Casa Civil), Luis Fernando Silva (Planejamento e Orçamento), Zé Reinaldo Tavares (Programas Especiais) e Rubão Pereira (Articulação Política).

Além de esperar a eleição da nova mesa diretora da Assembleia, Brandão também decidiu aguardar possíveis acomodações no futuro governo Lula. Há a expectativa de que o senador eleito Flávio Dino (PSB) assuma um ministério e convide postulantes a cargos na gestão estadual para integrar o governo federal. Além disso, Brandão ainda espera adequações em outros poderes.

O objetivo da espera e da racionalização das escolhas é garantir uma articulação política que evite insatisfações e posteriores fissuras na base política que dá sustentação ao governo. 

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