Eleições 2022

Maioria do STF mantém decisão sobre resolução do TSE das fake news

Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou recurso no domingo, 23, contra a resolução do TSE, que foi aprovada na sessão da quinta-feira, 20.

Ipolítica com informações do G1

Edson Fachin negou recurso do PGE para suspender resolução do TSE sobre fake news (Foto: Divulgação)

BRASIL - A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta terça-feira, 25, por manter decisão do ministro Edson Fachin, que rejeitou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para suspender trechos da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que busca agilizar a retirada de conteúdo com desinformação das redes sociais no período eleitoral. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou recurso no domingo, 23, contra a resolução do TSE, que foi aprovada na sessão da quinta-feira, 20. Entre outros pontos, a resolução prevê que o tribunal pode determinar que redes sociais e campanhas retirem do ar, em até duas horas, links com fake news. 

No sábado, 22, o ministro Edson Fachin rejeitou o pedido da PGR para suspender trechos da resolução, porque não havia os requisitos necessários para a concessão de uma decisão liminar, além da "necessidade imperiosa de se garantir a segurança jurídica quanto ao regramento incidente sobre as eleições". 

A PGR pediu que Fachin revisse sua decisão ou que o pedido fosse levado ao colegiado do STF, em sessão virtual. Na decisão, o relator já tinha liberado o tema para julgamento no plenário virtual. 

Para a PGR, é possível combater a disseminação de desinformação oferecendo informações corretas aos cidadãos. 

"Por ora, com respaldo no que dispõe a legislação eleitoral, é possível combater notícias falsas disponibilizando ostensivamente aos cidadãos, por diversos meios, os necessários esclarecimentos, as informações fidedignas com as fontes." 

No voto, em que referendou sua decisão individual, o ministro Edson Fachin afirmou que, "o Tribunal Superior Eleitoral não exorbitou o âmbito da sua competência normativa, conformando a atuação do seu legítimo poder de polícia incidente sobre a propaganda eleitoral". 

"Tenho que o ato não atinge o fluxo das mídias tradicionais de comunicação - nem caberia fazê-lo -, tampouco proíbe todo e qualquer discurso, mas apenas aquele que, por sua falsidade patente, descontrole e circulação massiva, atinge gravemente o processo eleitoral", disse. 

Os ministros Ricardo Lewandoski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso votaram a favor de manter a decisão. Os demais ministros ainda devem apresentar seus votos até a meia-noite. 

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, disse em seu voto que "o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral já assentaram que não se pode utilizar de um dos fundamentos da democracia, a liberdade de expressão, para atacá-la". 

"Assim, o sistema imunológico da democracia não permite tal prática parasitária, que deverá ser sempre coibida à luz das práticas concretas que visam atingir a integridade do processo eleitoral", disse. 

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