SÃO LUÍS – O Maranhão é o sexto Estado com maior proporção de pessoas passando fome no Brasil. A taxa de maranhenses que não têm acesso a alimentos em quantidade suficiente é de 29,9%.
Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Penssan), que divulgou informações sobre segurança alimentar por Estado nesta quarta-feira (14).
No Brasil, o número de domicílios com moradores passando fome saltou de 9% (19,1 milhões de pessoas), em 2020, para 15,5% (33,1 milhões de pessoas), em 2022. São 14 milhões de novos brasileiros/as em situação de fome em pouco mais de um ano.
O Estado com mais casos de insegurança alimentar grave é Alagoas (36,7%). Depois vem Piauí (34,3%), Amapá (32%), Pará (30%) e Sergipe (30%) e, em sexto, o Maranhão (29,9%).
Alguns Estados atingem altas prevalências em suas respectivas regiões. Da população que convive com a fome na região Nordeste, 2,4 milhões vivem no Ceará; 2,1 milhões no Maranhão e em Pernambuco; e 1,7 milhão de pessoas na Bahia. Enquanto no Norte, 2,6 milhões de pessoas estão no Estado do Pará
O estudo analisa dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir da realização de entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal.
A Segurança Alimentar e a Insegurança Alimentar foram medidas pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), também utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A insegurança é dividida em três categorias: leve (incerteza quanto ao acesso a alimentos em futuro próximo e/ou quando a qualidade da alimentação já está comprometida), moderada (sem qualidade, há alimentos em quantidade insuficiente para todos) e grave (quando ninguém acessa alimentos em quantidade suficiente e se passa fome).
Em relação à segurança alimentar, apenas o Rio Grande do Norte superou a média nacional (41,3%), atingindo 51,2%. No Maranhão, a taxa da população com alimentos em quantidade e qualidade adequados ficou em 22,9%.
Veja o ranking completo:
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