Pré-campanha ao Senado mostra duas estratégias no MA: nacionalização do debate e pauta em problemas sociais
Flávio Dino tem feito sua pré-campanha pelas redes sociais sempre opinando sobre temas polêmicos nacionais e também com atos pró-Lula no Maranhão; o adversário dele, Roberto Rocha, insiste em mostrar números sobre pobreza no MA.
SÃO LUÍS - A estratégia está clara e até já “denunciada” pelos adversários: Flávio Dino (PSB) quer nacionalizar o debate político no Maranhão. E o motivo para isto é não deixar que os dados sociais e econômicos do estado entrem no debate eleitoral, principalmente, para o Senado.
E basta acompanhar as redes sociais do socialista para perceber qual o tom ele espera que seja dado na disputa eleitoral deste ano. A ideia é trazer a questão da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o debate local.
A fórmula (se fosse mágica e não fosse percebida pelos adversários) poderia até funcionar já que o ex-presidente Lula tem maioria de votos no Maranhão, segundo indicam pesquisas de intenção de voto.
Mas não é tão simples. Dino terá o seu principal adversário, senador Roberto Rocha (PTB), ao lado de Weverton Rocha, também senador, só que do PDT, historicamente ligado ao campo político do ex-governador maranhense.
Além de não ter como concorrente um legítimo aliado eleitoral de Bolsonaro, Flávio Dino enfrenta a estratégia do adversário que é colocar em pauta os dados sociais e econômicos do estado.
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O aumento tarifário com reajustes de alíquotas do ICMS, por exemplo, não deixará de ser mencionado. E este assunto, por sinal, desde 2020, tem sido o principal estudo de “case” da comunicação do governo para achar argumentos para justificar o aumento de imposto.
Além do imposto, o aumento da extrema pobreza, o discurso (não concretizado) com a ideia de retirar o Maranhão do ranking nacional com municípios de pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e os percentuais ruins da economia serão os “calcanhares de Aquiles” de Dino.
Ele não quer pautar o assunto. E anda tão focado no objetivo que fala em organização da campanha de Lula no Maranhão e finge não fazer nada relacionado a sua pré-campanha para senador.
Será que conseguirá pautar questões nacionais e deixar problemas locais fora do debate local? Somente a campanha dirá e mostrará as narrativas vencedoras.
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