Opinião

Sem apoio do PT, Weverton aposta em dissidentes petistas

Ala minoritária do partido lançará movimento de apoio ao senador pedetista.

Gilberto Léda/ipolítica

Aliados avaliam que apoio de Lula conta muito no Maranhão. (Lula)

SÃO LUÍS - Membros da ala minoritária do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão realizam nesta quarta-feira (18) um ato público de apoio à pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Estado.

O movimento pode ser considerado uma dissidência, uma vez que a ala majoritária da sigla já fechou questão pelo apoio oficial ao projeto do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).

Pouco expressiva do ponto de vista eleitoral, a movimentação, contudo, tem um objetivo mais astuto: os petistas aliados de Weverton tentam manter um clima de confusão no partido, em virtude da força do ex-presidente Lula (PT).

A ideia é criar no eleitorado a ideia de que o candidato a presidente petista está com o senador pedetista, não com o atual chefe do Executivo.

O cenário é o mesmo de eleições anteriores.

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Desde 2008, quando Flávio Dino (PSB) foi candidato a prefeito de São Luís pelo PCdoB - passando pelas eleições de 2010 e 2014 -, o PT sempre chegou às eleições dividido.

No caso de 2022, a dissidência aposta em uma peculiaridade: sabedor de que enfrentará uma árdua batalha contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), o próprio Lula não deve fazer questão de ter apenas um palanque nos estados. Nem mesmo no Maranhão, onde deve ter maioria.

Cada voto conta.

E, sendo assim, Weverton vai usar o quanto puder a imagem do ex-presidente como se ele próprio - e não Brandão - fosse o candidato do PT no Maranhão.

Cabe aos socialistas saber reagir a essa ofensiva…

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