Novo desafio

Flávio Dino comunica renúncia e passa a se dedicar à eleição para o Senado

Governador informou na noite da última sexta-feira saída do comando do Palácio dos Leões, como determina a lei eleitoral; Carlos Brandão assume posto.

Ronaldo Rocha / Núcleo de Política

Atualizada em 02/04/2022 às 10h39
Flávio Dino deixou o Governo do Estado para se dedicar à eleição (Divulgação)

SÃO LUÍS - O ex-governador Flávio Dino (PSB) utilizou o seu perfil em rede social para comunicar a sua renúncia do comando do Palácio dos Leões.

Pré-candidato ao Senado, Dino precisou obedecer o que estabelece a legislação eleitoral e se desincompatibilizar do cargo para poder disputar a eleição do mês de outubro.

Em seu lugar assume, neste sábado, o vice-governador Carlos Brandão (PSB) que no mês de outubro disputará a reeleição para o Governo.

“Informo que, em obediência à legislação, apresentei minha renúncia ao cargo de governador do Maranhão. Dediquei-me obstinadamente a fazer o melhor que me era possível. Lutei e seguirei lutando por um Maranhão de Todos Nós. Agradeço a Deus e à confiança de todos”, escreveu Dino.

Flávio Dino deve se dedicar agora, exclusivamente, ao processo eleitoral.

Na eleição presidencial, ele defende a pré-candidatura do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). 

Já no Maranhão, Dino trabalha em favor do seu sucessor, Carlos Brandão, contra o senador Weverton Rocha (PDT)  dissidente do grupo -, e os demais adversários já apresentados.

Dino chegou a tentar se viabilizar, em 2020 e em 2021, para a disputa presidencial, mas não conseguiu convencer lideranças e partidos políticos em Brasília.

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Nos bastidores, no atual cenário, é cotado como possível ministro de Lula, caso o ex-presidente seja eleito em outubro. O socialista, contudo, jamais falou publicamente sobre a possibilidade.

Negativo

No comando do Governo do Estado desde 2015, o ex-governador Flávio Dino não conseguiu cumprir a sua principal promessa de campanha que era retirar o Maranhão da miséria.

Levantamento feito pelo IBGE e divulgado em 2021 mostrou que o Maranhão é o estado onde o maior número de pessoas vivem na miséria. O estudo mostra que somente nos últimos anos, 400 mil pessoas entraram na faixa da extrema pobreza no estado.

Dino teve um governo marcado por uma pesada política tributária - com seguidos aumentos de impostos -, e inchaço da máquina pública desde o ano em que assumiu.

Ele também não cumpriu a promessa de dobrar os quadros da Polícia Militar e elevar a segurança pública e tem sido cobrado pela nomeação de aprovados em concurso público da PM.

Dino também não cumpriu a promessa de valorização do servidor público, ao não conceder reajuste salarial aos servidores do Estado durante um período de 7 anos.

O socialista, contudo, tem pontuado avanços em uma série de setores no estado.

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