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Roseana e Braide devem ficar neutros no 1º turno da disputa pelo Leões

A ex-governadora tem mantido diálogo com pré-candidatos, mas vem dizendo a aliados que ficará neutra; já o prefeito de São Luís tem dado sinais de que não apoiará qualquer dos candidatos apesar de acordos.

Imirante

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Roseana Sarney tem conversados com pré-candidatos, mas parece disputa a não apoiar qualquer um deles no primeiro turno (Foto: Matheus Soares / O ESTADO)

SÃO LUÍS - Dentre os apoios que ainda são possíveis de conquistar, dois têm forte potencial eleitoral. A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos) são aliados que podem ser conquistados para a disputa pelo governo do Maranhão. Tanto que os interlocutores de quatro pré-candidatos estão em campo para garantir o apoio da emedebista e do prefeito.

Os dois já foram procurados pelos aliados de Carlos Brandão (PSDB), Weverton Rocha (PDT), Edivaldo Júnior (PSD) e também Lahesio Rodrigues (PTB).

Mesmo com o canal de diálogo aberto, Roseana tem dito a aliados que deverá ficar neutra no primeiro turno do pleito do próximo ano. Claro que ela é pressionada por membro de seu grupo a se posicionar, mas tirando Lahesio, os demais nomes postos têm ligação direta com o governador Flávio Dino (PSB), que é adversário da emedebista.

A mesma posição de Roseana poderá ser a do prefeito Eduardo Braide. Apesar de ter um compromisso assumido na campanha eleitoral do segundo turno em São Luís, Braide dá sinais de que vai ficar em cima do muro.

Ao Imirante, no fim do ano passado, ao ser questionado sobre posição para 2022, o prefeito disse que recebeu apoio de muitos atores político citando o senado Roberto Rocha (sem partido), o deputado Aluísio Mendes (PSC), ligado a Carlos Brandão, o também deputado Edilázio Júnior (PSD), aliado agora de Edivaldo Júnior e também cita o senador Weverton Rocha.

Com tantos apoiadores que têm interesse na eleição para o Palácio dos Leões, pode fazer com que Braide opte pela neutralidade no primeiro turno. E ele tem demonstrado isto aos aliados.

Se assim Roseana e Braide decidirem, os postulantes a governador do Maranhão perderam dois fortes cabos eleitorais.

Pressão

O PDT tem pressionado o prefeito Eduardo Braide para cumprimento do acordo firmado no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Luís em 2020.

Os aliados do senador Weverton Rocha têm agido para arrancar alguma declaração do prefeito que indique aliança em torno da candidatura do pedetista.

Na verdade, as pressões começaram ainda em novembro para que Eduardo Braide participasse do ato de pré-campanha de Rocha em dezembro. Diante da negativa, o senador cancelou o evento.

Com Covid

O deputado federal Edilázio Júnior testou positivo para Covid-19. Ele estava com uma reunião agendada com a ex-governadora Roseana Sarney, mas teve que desmarcar.

O encontro com a emedebista, claro, é para tratar das eleições deste ano e buscar um canal mais estreito para conversar sobre aliança do MDB com o PSD em torno da candidatura de Edivaldo Júnior.

Esta conversa, no entanto, deverá ocorrer agora somente no próximo mês.

Conspiração

O senador Roberto Rocha ainda não desistiu de ficar com o comando do PL no Maranhão. Ele tenta, por meio do presidente Jair Bolsonaro, tomar o partido do deputado federal Josimar de Maranhãozinho.

Bolsonaro já enviou mensagem para o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, pressionando pela troca de presidente no Maranhão.

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No entanto, não conseguiu avançar em nada. Costa Neto tem respondido que Josimar deverá fazer cinco ou seis deputados federais e, por isso, não arriscará colocando Roberto Rocha no comando do partido.

Sem senador e deputados

Valdemar Costa Neto disse ainda que corre o risco de não ter um senador em 2023 já que as chances de reeleição de Roberto Rocha são mínimas.

E que não teria os deputados federais que são dados como certos pelo PL no Maranhão. O presidente nacional disse que se Roberto Rocha conseguisse eleger um, seria muito.

Josimar de Maranhãozinho com 53 prefeitos deve disputar a reeleição este ano e permanecer como presidente do PL no Maranhão mesmo contra a vontade de Bolsonaro.

Sem rumo

A situação do senador Roberto Rocha não é das melhores. Mesmo há quase oito anos no Senado, Rocha chega ao ano eleitoral sem partido, sem decisão sobre o mandato que ele buscará e sem grupo.

Desde quando se aproximou do presidente Jair Bolsonaro que o senador foi se isolando a cada dia. Ele chegou a ser procurador pelos deputados Aluísio Mendes, Edilázio Júnior e André Fufuca (PP) para formação de um grupo visando as eleições de 2022.

No entanto, na época, Roberto Rocha disse que não se voltaria para disputa eleitoral porque ainda estava em 2020, portanto, longe do pleito.

Ele atrapalha

O governador Flávio Dino (PSB) e seus aliados tentam de todas as formas evitar que o petista Paulo Romão se apresente como pré-candidato ao Senado.

A ideia de ser candidato praticamente único na disputa é difundida pelos palacianos. Além disto, Romão atrapalha com sua pré-candidatura outra ideia: a de que Flávio Dino é o candidato a senador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro problema da pré-candidatura de Paulo Romão ao Senado é do fato dele, internamente no PT, defender o apoio do partido ao senador Weverton Rocha.

E mais:

- O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, garante que esta semana ainda o governo estadual deverá se posicionar sobre as recomendações do Ministério Público Estadual.

- O órgão de controle quer que o governo e as prefeituras determinem o uso obrigatório de máscaras em qualquer ambiente.

- Quer também a proibição de festas de carnaval, vaquejadas, festejos e pré-carnaval. Por enquanto, somente cinco prefeituras já suspenderam o carnaval de 2022.

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