Federação partidária pode modificar disputa política no Maranhão
Partidos da base aliada do governador debatem nacionalmente a possibilidade de se unirem nas eleições de 2022 o que mexeria na disputa pelo governo do Maranhão
A federação partidária é uma realidade para as eleições de 2022. O Congresso Nacional aprovou ainda em setembro modificações na lei eleitoral que permitiu que partidos pudessem se unir em federação no pleito do próximo ano. Nacionalmente as legendas, principalmente as de esquerda, iniciaram o debate sobre união para a disputa de 2022. Se acordos foram fechados, federação partidária poderá mudar o cenário político nos estados incluindo o Maranhão.
No último dia 10, o PSOL e a Rede aprovaram em seus diretórios participar dos debates sobre federação partidária, modalidade de união entre os partidos diferente da coligação. Pela federação partidária, as siglas podem se unir para disputar as eleições, mas terão que atuar em conjunto por, no mínimo, 4 anos.
A decisão do PSOL e Rede se junta a outras que já estão em andamento como as conversas do PSB, PCdoB e PT para unir os partidos de esquerda nas eleições do próximo ano. O Diretório Nacional do PT deu autorização formal para sua Executiva discutir uma federação partidária com PSB, PCdoB, PSOL e também o PV.
Além destes partidos, membros do PDT, após operação da Polícia Federal contra o pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes, pressionam para que a sigla sente a mesa de debate sobre federação com os demais partidos do campo de esquerda.
Se avançar este debate e uma federação for concretizada, a disputa pelo governo do Maranhão pode sofrer modificações consideráveis já que a base do governador Flávio Dino (PSB) tem quase todos os partidos que discutem a federação em sua base de apoio.
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E considerando que o PSB de Flávio Dino (futuramente de Carlos Brandão também) e o PDT do senador Weverton Rocha disputam o apoio do PT, o tabuleiro eleitoral no estado pode sofrer modificações. Apesar das regras da federação ainda estarem passíveis de regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo aprovado pelos congressistas, as legendas nos estados devem, necessariamente, seguir o que for definido pelas direções nacionais.
Desta forma, o PSB que terá pré-candidato (o vice-governador Carlos Brandão) e o PDT que tem Weverton Rocha podem estar na mesma federação se os partidos assim definirem nacionalmente. Se os dois não se unirem, pode haver união entre PSB e PT (que estão no debate a mais tempo), o que impossibilitaria a coligação que vem sendo negociada entre as direções nacionais dos pedetistas e dos petistas.
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As federações foram instituídas neste ano. Essas entidades servem para os partidos integrantes unirem seus desempenhos para eleger deputados e vereadores e superar a cláusula que regula acesso ao Fundo Partidário. Também unificam a atuação das legendas em instâncias como a Câmara dos Deputados. Além disso, uma federação pode ter apenas um candidato por vaga a cargo majoritário. Ou seja: só um postulante a presidente para todos os partidos aliados, assim como apenas um candidato a governador por Estado.
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