SÃO LUÍS - Com o passar do tempo os aparelhos celulares adentraram as nossas vidas e hoje é quase impossível viver sem eles, não é mesmo? Um bom exemplo disso é a quantidade de pessoas que vão ao banheiro com o telefone em mãos e se esquecem do tempo lá fora. Uma pesquisa que ouviu mais de 7 mil pessoas em sete países, mostrou que mais da metade dos brasileiros (63%) leva o celular para o sanitário. Mas você sabia que esse hábito pode ser prejudicial à saúde?
Segundo a médica Aparecida Quintanilha, a 'mania' é prejudicial, principalmente, pela exposição do aparelho a contaminação bacteriana, mas também pelo tempo decorrido na mesma posição no aparelho sanitário e que aumenta a pressão dos vasos sanguíneos anais.
“Os principais problemas são: contaminação direta por bactérias como Salmonella e Coli, essa exposição leva o paciente a quadros de infecções gastrointestinais. Há também a possibilidade do desenvolvimento de hemorróidas ou piora do quadro, no caso de pacientes que já possuem. Por fim, o aparecimento de edema de membros inferiores em pacientes com insuficiência venosa”, elenca.
Quintanilha afirma que, no caso das hemorróidas, o tratamento recomendado é, inicialmente, procurar um proctologista para avaliação e graduação do tipo de hemorroida, após, é feito um acompanhamento de acordo com o caso. “Depois é claro, evitar repetir o erro de ficar horas no aparelho sanitário, entre outros aconselhamentos dados pelo profissional da área”, pontua.
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Uma fonte que não quis se identificar, conta que não consegue fazer suas necessidades fisiológicas se não estiver com o telefone. “Levo todas as vezes, até quando vou somente urinar. Acho que só não levo na hora de lavar as mãos”, afirma.
Ela relata que essa mania surgiu com as redes sociais e tem consciência de que passa mais tempo no banheiro do que deveria. Só pra ter uma ideia, chega a assistir episódios inteiros de séries de TV durante a ida ao sanitário.
“Mesmo com o hábito, nunca tive problema de saúde sério, apenas cãibras fortes, mas que não costumam ser frequentes. No entanto, não sabia dos outros riscos a que estou exposta, por causa do tempo a mais que fico no banheiro, conclui.
Quintanilha adverte que não há dica ou sugestão para manter o hábito e ficar livre de possíveis problemas de saúde. “Sempre haverá o risco de contaminação do aparelho e de exposição a essas bactérias”, finaliza. Porém, a sugestão dela para que a situação seja “menos pior”, é tentar diminuir o tempo com o telefone no banheiro e aos poucos se adaptar com a ausência dele nesse momento tão importante.
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