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A disputa pelo PL do Maranhão e a filiação de Bolsonaro

Diretório estadual do partido no Maranhão fazia parte do pacote de exigências do presidente da República para se filiar ao PL; espaço ficaria com o senador Roberto Rocha

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Roberto Rocha pode ficar com o PL do Maranhão se Bolsonaro assinar a ficha de filiação (Foto: Divulgação)

O Maranhão foi um dos motivos para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, recuasse de se filiar ao PL, comandado nacionalmente por Valdemar Costa Neto. Entre tantas exigências, Bolsonaro queria o comando do partido aqui no Maranhão. Situação parecida ocorre na Bahia e em São Paulo.

No caso do diretório maranhense do PL, Bolsonaro queria agradar seu aliado no estado, o senador Roberto Rocha. Ele queria tirar o comando da sigla das mãos do deputado federal Josimar de Maranhãozinho.

Costa Neto não cedeu a exigência e garantiu a Josimar que isto não acontecerá. Mas Maranhãozinho sabe que um senador tem peso na hora de uma negociação para assinar a ficha de filiação.

Sobre comandar o PL no Maranhão, o senador Roberto Rocha garante que não tem qualquer interesse e que se entrar no PL será o melhor dos mundos porque considera Josimar seu amigo de longas datas.

Resta saber se Maranhãozinho também assim considera o senador depois desta investida por meio do presidente Jair Bolsonaro.

Sem partido

E enquanto durar a confusão da quase filiação de Bolsonaro no PL, Roberto Rocha vai esperando para decidir seu futuro político.

O senador não tem partido e nem definição sobre o mandato eletivo que vai disputar. Ele espera decisão de Bolsonaro sobre a legenda.

E espera a definição sobre os nomes que vão disputar a única vaga para o Senado no próximo ano. Somente depois disto é que ele decide se vai para a reeleição ou parte para a disputa pelo Palácio dos Leões.

Tranquilo

Mesmo sabendo das invertidas de Roberto Rocha, o deputado Josimar de Maranhãozinho tratou o assunto como meras especulações.

Ele disse que Valdemar Costa Neto deu total autonomia para ele na condução do PL no estado e, por isso, ele investe no projeto de candidatura ao governo do Maranhão.

Josimar falou com o presidente nacional de sua legenda na manhã de ontem logo depois de saber que Bolsonaro queria o comando da legenda no estado.

Greve

Os servidores do Detran não se intimidaram com decisão judicial considerando a greve ilegal e cruzaram os braços nesta terça-feira, 16.

Além de reajuste salarial, os servidores público querem fim das terceirizações e nomeação de aprovados em concurso público.

Os funcionários terceirizados são hoje maioria no órgão e quem organiza as contratações é a BR Terceirizações, que antes era BR Construções que abocanhou, ainda em 2015, contratos superiores a R$ 4 milhões no Detran.

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As ligações

A BR Terceirizações é ligada à família Macedo, que antes tinha relação próxima com o senador Weverton Rocha (PDT), cuja indicação para presidência do órgão e de seu partido.

Francisco Nagib, que comanda o Detran, foi prefeito de Codó e após ficar inelegível em 2020 – não podendo disputar a reeleição – conseguiu o espaço no governo de Flávio Dino.

O pedetista passou a tarde toda ontem em reunião tentando achar uma saída para a greve que é por tempo indeterminado.

Funcionando

Nagib disse que não considera o movimento dos servidores como greve porque a Justiça considerou ilegal.

O diretor-geral do Detran garante que mesmo com os servidores com as atividades paralisadas, o órgão conseguiu fazer todos os atendimentos dos serviços disponíveis.

Sobre reajuste salarial, Francisco Nagib disse que não há como conceder porque há uma lei complementar que proíbe reajuste salarial de servidores até dia 31 de dezembro deste ano.

Aposentadoria

O vereador Paulo Victor (PCdoB) enviou ofício para o presidente da Câmara de São Luís, Osmar Filho (PDT), para que a mesa diretora da Casa peço informações ao INSS sobre o processo de aposentadoria de 30% dos servidores que foram demitidos.

Segundo o comunista, estes servidores já tinham 30 anos de contribuição e que podem buscar a aposentadoria.

Foram mais de 100 servidores demitidos por força de decisão judicial.

E mais:

- O grupo do presidente da OAB/MA, Thiago Diaz, impôs mais uma derrota ao grupo ligado ao governador Flávio Dino (PSB).

- Venceu a disputa para nova diretoria da entidade Kaio Saraiva, nome de Diaz para substituí-lo.

- Esta é a terceira vitória consecutiva deste grupo, que venceu – na época – o forte grupo comandado por Mário Macieira, que é ligado a Dino.

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