Rede privada de ensino

Sete escolas particulares de São Luís já suspenderam as aulas por casos de Covid-19

Nessa quinta-feira (17), os colégios Upaon-Açu e Educallis anunciaram a suspensão das aulas por casos de Covid-19 entre funcionários.

Imirante.com, com informações do G1-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Colégio Upaon-Açu suspendeu as aulas presenciais a partir desta sexta-feira (18). (Foto: Reprodução / Google Maps)

SÃO LUÍS - Mais duas escolas da rede privada de ensino da capital maranhense voltaram a suspender as aulas presenciais, após casos confirmados da Covid-19 entre funcionários.

Uma das escolas que anunciou, nessa quinta-feira (17), a suspensão das aulas, foi o Colégio Upaon-Açu, que confirmou que uma das professoras do Ensino Médio foi diagnosticada com o novo coronavírus.

Segundo a escola, as atividades seguirão de forma remota dando continuidade ao cronograma e planejamento. "Buscando preservar a saúde da comunidade Upaon, portanto, de todos os colaboradores e estudantes, as aulas serão suspensas a partir do dia 18/09, amanhã, sexta-feira, retornando no dia 05/10, segunda-feira, cumprindo rigorosamente o Protocolo de Biossegurança e as medidas cabíveis em consonância com os documentos oficiais do Estado", publicou oficialmente o colégio.

Leia a nota do Colégio Upaon-Açu na íntegra:

"Prezados Pais e Responsáveis

No compromisso de seguir nosso trabalho com total transparência, informamos que duas professoras do Ensino Médio comunicaram-nos hoje, quinta-feira, sobre confirmação do resultado positivo para COVID-19 .

Por essa razão, buscamos preservar a saúde da comunidade Upaon, portanto, de todos os colaboradores e estudantes, as aulas serão suspensas a partir do dia 18/09, amanhã, sexta-feira, retornando no dia 05/10, segunda-feira, cumprindo rigorosamente o Protocolo de Biossegurança e as medidas cabíveis em consonância com os documentos oficiais do Estado.

Ressaltamos que as atividades pedagógicas seguem remotamente para todos, dando continuidade ao cronograma e planejamento de cada segmento.

Agradecemos a compreensão.

A DIREÇÃO."

Também nessa quinta-feira (17), o Colégio Educallis também anunciou, por meio de nota, a suspensão das aulas presenciais por 14 dias, a partir desta sexta-feira (18), por conta de dois funcionários da instituição de ensino terem testado positivo para a Covid-19.

Leia a nota do Colégio Educallis na íntegra:

"O Colégio Educallis informa que suspenderá as aulas presenciais do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais e Ensino Médio por 14 dias, a contar do dia 18 de setembro. Tal medida se deve ao fato de termos sido comunicados hoje de que dois funcionários da nossa Instituição testaram positivo para a Covid-19.

Diante do exposto, e em consonância com o Protocolo de Retorno às Aulas Presenciais e as Orientações da Organização Mundial de Saúde, essa é a ação necessária que nos cabe realizar neste momento. Assim, durante os 14 dias, todas as aulas ocorrerão no remoto.

Destacamos nosso habitual compromisso com a transparência dos fatos, bem como com a saúde e integridade de toda a comunidade escolar!"

Outros casos de suspensão de aulas presenciais

O caso mais recente de suspensão foi divulgado na última quarta-feira (16), quando a Escola Dom Pedro II informou a suspensão das aulas presenciais na unidade por sete dias, após a suspeita de um caso Covid-19 em uma criança do ensino fundamental I. De acordo com a direção, a medida integra o Protocolo de Biossegurança, implementado pela instituição e está em consonância com as autoridades estaduais de saúde.

No dia 9 de setembro, o Centro Educacional Sagres suspendeu por 14 dias as aulas presenciais na unidade após uma professora do Ensino Fundamental ter testado positivo para a Covid-19. A direção informou que a escola passaria por um processo de higienização e que a decisão de suspensão segue de acordo com a Portaria nº 047 de 23 de julho, do Governo do Maranhão.

No dia 23 de agosto, o Colégio O Bom Pastor Júnior (educação infantil e fundamental) comunicou aos pais a suspensão das aulas presenciais após um professor estar com suspeita de Covid-19. A medida valeu por 14 dias e foram mantidas as aulas à distância.

No dia 9 de agosto, o Colégio Dom Bosco também havia suspendido as aulas presenciais porque uma colaboradora da instituição testou positivo para Covid-19. Por isso, as aulas presenciais foram suspensas nos últimos anos do Ensino Médio e do Ensino Fundamental.

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Antes, no dia 2 de agosto, o Colégio Batista adiou o retorno das aulas presenciais da 3ª série do Ensino Médio porque um professor testou positivo para a Covid-19. Segundo a instituição, ele estava assintomático e foi afastado das atividades presenciais por 14 dias.

Associação dos pais questiona a volta às aulas presenciais

A Associação de Pais e Alunos de Instituições de Ensino do Estado do Maranhão (ASPA-MA) questiona a volta às aulas presenciais nas instituições privadas. A ASPA diz que a volta ocorreu sem a participação dos pais e que ainda não há segurança para a volta dos alunos à escola.

Em um ofício enviado ao Ministério Público do Maranhão, Defensoria Pública e Procon, a associação diz que a Organização Mundial de Saúde (OMS) 'não decretou o fim da emergência em Saúde Pública' e que o governo do Maranhão apenas 'autorizou' as aulas presenciais, mas não 'obrigou' essa volta.

Por meio de nota, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Maranhão (Sinepe) informou que tem acompanhado atentamente os relatos de suspeitas e de novos casos confirmados da Covid-19 em ambiente escolar, boa parte entre professores e corpo técnico.

O sindicato também cobra que as autoridades reforcem a fiscalização de ambientes públicos e, principalmente, a sociedade entenda que evitar uma nova onda de casos é dever de todos.

Leia a nota do Sinepe na íntegra:

"O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Maranhão - Sinepe/MA tem acompanhado atentamente os relatos de suspeitas e de novos casos confirmados da COVID-19 em ambiente escolar, boa parte entre professores e corpo técnico.

É importante informar que todas as escolas filiadas ao sindicato seguem rigorosamente as exigências previstas no protocolo sanitário elaborado em parceria com consultores de saúde, com base também no decreto estadual que liberou a volta às aulas.

Essas medidas incluem uso de máscara, distanciamento social, rodízio de turmas, disponibilização de álcool em gel e sanitização das áreas comuns frequentadas durante o retorno. E mesmo com todo esse aparato de segurança sanitária, as escolas oferecem ainda o ensino remoto para aquelas famílias que não estão seguras para voltar ao ambiente escolar.

O que tem sido observado, até então, com a volta das atividades presenciais, é que adultos e jovens que voltaram às aulas e seguem todas essas medidas de segurança têm permanecido saudáveis, bem como suas famílias. Na contramão disso, o que percebemos é que o contágio pelo novo coronavírus entre adultos e jovens está mais relacionado à volta das atividades de lazer e diversão ao ar livre.

O cenário em locais como praias, pontos turísticos e outros locais de reunião pública é preocupante: não há distanciamento social, nem todos usam máscaras ou higienizam as mãos. Algo que, como já vimos em todo o planeta, favorece a circulação do vírus.

O Sinepe/MA lembra a todos que a volta às aulas só foi possível graças a uma estabilidade no número de casos, queda nos óbitos e menor ocupação de leitos de hospitais, mas isso pode voltar a piorar caso não haja um compromisso em se manter os protocolos já mencionados.

Permanecemos em nosso dever de informar e orientar as instituições filiadas - e também as não filiadas - no cumprimento das medidas de segurança, propiciando um ambiente seguro para a volta às aulas e a retomada do ano letivo.

Na última semana, um relatório inédito da OMS, Unicef e Unesco definiu como prioritária a reabertura das escolas, mais do que a volta de atividades de lazer e aglomerações sociais.

Esperamos que, diante desses novos casos e dos fatos expostos, as autoridades reforcem a fiscalização de ambientes públicos e - principalmente - a sociedade entenda que evitar uma nova onda de casos é dever de todos.

Continuem acreditando no trabalho do Sinepe/MA e nas escolas particulares, com a certeza da transparência nas ações e firmes na luta contra a pandemia, garantindo um retorno seguro às atividades escolares.

Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Maranhão."

*Matéria atualizada às 11h30, deste sábado (19), para acréscimo da nota do Sinepe-MA.

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