SÃO LUÍS - O Maranhão registrou, de janeiro a agosto deste ano, 2.400 atendimentos de casos de violência contra a mulher. Os dados são do núcleo especializado da Defensoria Pública do Estado (DPE-MA). A quantidade de atendimento dá uma média de 300 registros por mês.
A maioria dos casos registrados, segundo a DPE, foi de agressões feitas dentro no ambiente familiar da vítima. A violência é, geralmente, feita por companheiros e ex-companheiros, com quem a mulher tem filhos.
Entre as que mais sofrem com as agressões estão as mulheres que possuem vínculos de dependência financeira e psicológica com os agressores.
“É a cultura do machismo, a cultura da propriedade que existe, que domina algumas e isso é uma questão que a gente tem que desconstituir, que a gente tem que quebrar paradigmas para poder realmente enfrentar essa violência”, disse a juíza Lúcia Helena Helluy, titular da 2ª Vara da Mulher de São Luís.
Segundo um estudo divulgado pela 2ª Vara da Mulher de São Luís do Tribunal de Justiça do Estado, no fim de 2019, 46% das mulheres vítimas de agressões são solteiras e estão na faixa etária dos 26 aos 34 anos de idade. Além disso, 41% dos agressores são solteiros ou conviveram durante muito tempo com as vítimas.
Outro ponto destacado pela pesquisa é que, boa parte dos agressores praticam a violência estando sob o efeito de álcool e drogas.
A 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é que emite as decisões sobre as medidas protetivas paras as vítimas em São Luís. A 2ª Vara fica instalada na Casa da Mulher Brasileira, no bairro Jaracaty.
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