Um ano depois

Parentes de rapazes mortos em chacina no Coquilho pedem justiça

Eles protestaram em frente ao Fórum Desembargador Sarney Costa, nesta quarta.

Imirante.com, com informações da Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 11h09
Três jovens que foram vítimas da chacina em Coquilho, na zona rural de São Luís. / Foto: Reprodução.

SÃO LUÍS – Parentes e amigos dos três rapazes assassinados na comunidade Coquilho, na zona rural de São Luís, protestam na manhã desta quarta-feira (15), em frente ao Fórum Desembargador Sarney Costa.

O crime aconteceu no dia 3 de janeiro de 2019. Mais de um ano depois da chacina, com o inquérito da Polícia Civil concluído, as famílias pedem justiça.

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Em julho de 2019, o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Gilberto de Moura Lima, pronunciou para ir a júri popular o policial militar Hamilton Caíres Linhares e o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior, acusados do triplo homicídio. Os jovens Gildean Castro Silva, Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson da Silva Diniz foram mortos com um tiro na cabeça.

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"Ficaram de nos dar uma resposta no final de 2019 e começo de 2020. A gente espera que eles [acusados] paguem", afirmou Rilza Castro, mãe de Gildean.

O policial militar Hamilton Caíres Linhares é acusado de matar as vítimas. / Foto: Divulgação.
Evilásio Júnior aparece nas investigações como suspeito de ter ajudado Hamilton. / Foto: Divulgação.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, os três adolescentes saíram de casa, em duas bicicletas, para a localidade conhecida como "Romão", área de banho e pesca. A estrada de acesso estava localizada dentro da construção do Residencial Mato Grosso, no Coquilho. Por volta das 14h, as vítimas foram avistadas por um dos seguranças, que avisou aos seus companheiros de serviço a possível entrada de invasores.

Os corpos e duas bicicletas somente foram encontrados no dia seguinte, quando os parentes sentiram falta dos jovens e saíram em busca deles.

Depoimentos

Ao ser interrogado, o vigilante negou a autoria do crime, confessando, em seu primeiro depoimento, que esteve na entrada do matagal com o policial, mas não entrou no local, e ouviu três disparos de arma de fogo. No segundo depoimento, ele disse que entrou depois do militar e, como não mais avistou o PM e as vítimas, voltou para a motocicleta.

Já Hamilton Caires negou qualquer envolvimento no delito e disse que apenas desferiu um tiro para cima para assustar os supostos invasores, dizendo que nem chegou a vê-los. Quando foi solicitado que entregasse sua arma para realização de exame de comparação balística com os projéteis retirados dos corpos e do local do crime, ele disse que perdera a arma, estojo e carregador, no mês de outubro de 2018, embora não tenha noticiado o fato à corporação policial.

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