Luz na Infância 4

Polícia Civil apreende material com pornografia infantil em São Luís

Um homem foi preso em flagrante, mas após pagar fiança foi liberado.

Paulo Pontes/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h13
Material apreendido contendo pornografia infantil. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - Na manhã desta quinta-feira (28) a Polícia Civil do Maranhão, por intermédio da Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT) da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), participou da quarta fase da operação "Luz na Infância", que cumpriu dois mandados de busca e apreensão, em dois alvos na capital maranhense, nos bairros Cidade Operária e Planalto Anil II.

Durante a operação, foi realizada a prisão em flagrante de Talyson Alex dos Santos Sampaio Silva, de 30 anos de idade, residente no bairro Planalto Anil II, em razão das equipes do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos (DCCT/SEIC) constarem que no computador do alvo havia o armazenamento de um vídeo que continha cenas de sexo explícito envolvendo criança.

Diante dessas circunstâncias fáticas, Talyson Silva foi conduzido à SEIC, onde foi autuado em flagrante pelo crime previsto no art. 241-B da lei 8.069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Após prestar depoimento, ele pagou fiança e foi liberado.

Ouça na íntegra a entrevista do delegado Carlos Alessandro falando sobre o caso:

Luz na Infância 4

A força-tarefa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) envolve Polícias Civis do Distrito Federal e de 26 Estados. Desde as primeiras horas da manhã, as equipes procuram acusados de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet.

Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do MJSP, com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade culposa.

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Esse conhecimento produzido foi repassado às Polícias Civis, de repressão a crimes informáticos, que, por sua vez, instauraram inquéritos e solicitaram aos juízes locais para expedição dos mandados de busca e apreensão. As ações simultâneas mobilizam um efetivo de mais de 1.500 policiais em todo o país.

A ação desencadeada é decorrente de cooperação mútua entre a Diretoria de Inteligência e a Diretoria de Operações, ambas vinculadas à Secretaria de Operações Integradas do MJSP. Houve também colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), oferecendo cursos e capacitações que subsidiaram as quatro fases da Operação Luz na Infância.

Talyson Alex dos Santos Sampaio Silva enviou ao Imirante uma nota alegando ser inocente. Veja a nota na íntegra:

Gostaria de esclarecer pessoalmente o ocorrido afim de que se evite repercussão ainda pior. Hoje 28/março, pela manhã, estive na SEIC para realizar meu depoimento sobre material ilegal encontrado em meu computador pessoal. Afirmo que usava redes de compartilhamento para fazer buscas aleatórias e sempre que detectava material ilegal, apagava no mesmo instante.

Não sou acumulador, nem compartilhador, nem me interesso por pedofilia ou qualquer tipo de material ilegal. O programa de compartilhamento já havia sido desinstalado e eu não deixava o mesmo ligado para compartilhamento de arquivos, nem mesmo negociava ou enviava a terceiros diretamente. Como encontraram resquícios de arquivos que deveriam ter sido apagados em meu computador, me autuaram, prestei depoimento, paguei fiança e fui liberado.

Não sou o proprietário do grande volume de material ilegal encontrado na cidade operária. Minha imagem foi divulgada como culpado e (único) culpado, e isso já está me causando transtornos de toda ordem, estou emocionalmente abalado. Peço que minha nota seja repassada às emissoras ascendentes para devido esclarecimento.

Atenciosamente, Talyson Sampaio Silva.

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