Agressão

Muitos casos de agressão a idosos não são notificados

O Imirante.com entrevistou uma especialista que incentivou a quebra do silêncio.

Klicya Nogueira / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
(Divulgação/ Internet)

SÃO LUÍS- Um caso de maus-tratos contra uma idosa, divulgado por meio de um vídeo nas redes sociais, na manhã desta sexta-feira (26), revoltou a população maranhense. Roberto Elísio Coutinho, que agrediu a sua mãe de 84 anos, tanto verbal quanto fisicamente, se utilizou a todo tempo, durante o vídeo, de insultos e agressões para ofender a idosa.

Vários casos são conhecidos, mas poucos são registrados. Diferente deste, o vídeo que viralizou na internet, levantou alguns questionamentos que perpetuam, principalmente para aqueles que têm idosos na família ou mesmo que conhecem algum. A reportagem do Imirante.com consultou a psicóloga Fabíola Medeiro para esclarecer algumas dúvidas sobre os maus-tratos sofridos pelos idosos.

Quais procedimentos vocês profissionais fazem para ajudar uma vítima como esta?

O primeiro passo deve ser a notificação. Nos casos de violência, como neste noticiado, o trabalho primordial é fazer uma ficha de notificação da violência sofrida pelo idoso. Esta notificação pode ser feita em vários órgãos, mas principalmente no Centro de Referência de Assistência Social (Creas). No acontecimento desta manhã, é essencial que exista em primeira instância uma notificação, para analisar o quadro da denúncia.

Quais mudanças de comportamento podem ser apresentadas por um idoso que sofre algum tipo de agressão?

Há várias alterações. Pode começar com uma mudança no humor, o idoso já não conversa mais, se isola e acaba se retraindo. Entretanto, a especialista explica que alguns casos tornam-se difíceis de serem detectados, no momento em que o idoso já tem um caso clínico debilitado, como uma grau elevado de demência, por exemplo, impossibilitando um diálogo e até uma denúncia.

A doutora termina esclarecendo que a notificação deve ser efetuada, como forma de quebrar o silêncio, já que muitos casos não chegam nem a serem calculados. No caso do vídeo, a agressão só foi descoberta por causa das próprias imagens, que denunciam a barbárie de um filho para com a mãe.

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