SÃO LUÍS – Sem segurança, professores resolveram cruzar os braços. Sem professores, os alunos estão sem aula há oito dias na U.E.B. Professor João de Souza Guimarães, no bairro da Divineia. A falta de vigilantes, nesta e em outras unidades da rede municipal, tem causado medo em pais, alunos e funcionários, uma vez que as instituições têm sido alvo de vandalismo nos últimos dias.
Após reunião entre professores, coordenação, representante de alunos e representante de pais, ficou acertada a suspensão das atividades na U.E.B. Professor João de Souza Guimarães. Em documento enviado ao secretário municipal de Educação, Geraldo Castro, foi citado o episódio do último dia 20, quando o prédio foi invadido, pichado e os criminosos levaram objetos como aparelho de DVD, mesa de som e modem de internet.
Foi registrado, no dia seguinte, um boletim de ocorrência. No mesmo dia, a Polícia Militar (PM-MA) passou a realizar rondas nas proximidades das escolas, já que os atos de vandalismo se espalharam em várias unidades.
O Imirante.com conversou nesta terça-feira (29) com o professor Eduardo Monteiro Costa, que reclamou, além da insegurança, das péssimas condições da estrutura da escola (assista ao vídeo no fim desta publicação). A avó de um estudante, Tereza Chagas, foi à escola, no momento em que chegamos para tentar falar com a direção, para saber se poderia levar o neto no dia seguinte. Mas, a resposta foi que a escola continua sem aula. “Está sem aula porque foi assaltado o colégio. Como é questão de segurança, é melhor resolverem logo por causa das crianças”, pediu.
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), ainda, não se manifestou sobre a questão.
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Escola na Gancharia
Uma estudante de 13 anos foi ferida no dia 18 deste mês, dentro da U.E.B. Edson Luís de Lima Souto, situada no bairro da Gancharia, em São Luís. Um grupo atirou pedras nas janelas da escola e os estilhaços de vidro atingiram a jovem, que teve as costas cortadas e foi levada ao Hospital Djalma Marques (Socorrão I).
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) explicou que prestou assistência à aluna. Também esclareceu estava em transição de contrato para a regularização do serviço de vigilância.
Em entrevista à Rádio Mirante AM, três dias depois, o delegado Walter Wanderley, titular do 5º DP no bairro do Anjo da Guarda, afirmou que os autores do delito não foram pessoas de facções criminosas e sim estudantes da própria escola.
O delegado contou que os adolescentes pediram o número do celular de uma das estudantes, que se negou a dar. Irritados com a situação, os alunos foram para o lado de fora da sala e começaram a atirar pedras na janela, e um dos estilhaços atingiu uma das alunas.
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