SÃO LUÍS – Ter um corpo com todas as curvas em dia é um desejo de muitas mulheres. Não que isso seja errado. Na verdade, é muito importante para a saúde exercitar braços, pernas, barriga e o bumbum. Mas o problema é que a mulher não deve “trabalhar” somente estas musculaturas externas. Músculo que estão “escondidos” também devem ser fortalecidos a cada dia. É o caso do assoalho pélvico, uma estrutura que se localiza entre o osso púbis e o cóccix, na base da pelve. Você sabia que o fortalecimento destes músculos pode lhe render inúmeros benefícios, inclusive, melhorar a sua vida sexual? Que tal ter mais desejo? Que tal ter mais prazer? Que tal ter orgasmos mais frequentes? Que tal ser feliz?
Nesta reportagem especial em homenagem ao Dia do Sexo, o Imirante.com foi conhecer um tratamento que pode ajudar a mudar a sua vida para melhor. Mas será mesmo que o “pompofisio” (junção de pompoarismo com fisioterapia) faz “milagre”? É só ler e descobrir.
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A primeira coisa é entender que o assoalho pélvico é importante na sua vida. E quem faz o alerta é a Dra. Nágdia Rego, fisioterapeuta especialista em Saúde da Mulher. “Normalmente, nós mulheres não nos atentamos para esta musculatura. O assoalho pélvico é o terceiro músculo mais importante do nosso corpo porque ele sustenta, ele tem a função de suportar os nossos órgãos internos, além da sexualidade, de desencadear o prazer, o orgasmo e o desejo”. E complementa: “a gente trabalha abdômen, bíceps, barriga, bumbum, mas esquece do assoalho pélvico, que é tão importante quanto as musculaturas externas”.
Dito isto, você se pergunta: “mas como são estes exercícios?”... O mais interessante é que a mulher não precisa sequer tirar uma peça de roupa e muito menos introduzir algo na vagina. Os exercícios podem ser feitos enquanto você dirige, ou naquela interminável espera em um consultório médico. Ao aprender os movimentos corretos com um especialista, sua vida sexual irá mudar.
Para a doutora, a grande dificuldade para exercitar o assoalho pélvico, ainda, é o preconceito da sociedade quando o assunto é sexualidade. Muitas mulheres não têm a prática de se conhecerem por completo. “Nosso assoalho pélvico é inativo porque a gente não movimenta. A mãe da gente não orienta, os médicos não ensinam, a sociedade tem um tabu e preconceito muito grande em relação a isso, em relação à vagina, ao reto, à bexiga, à uretra. A sociedade tem preconceito. Existe um tabu muito grande de você se tocar, de você se analisar, de se ver no espelho, de olhar sua vagina no espelho. A religião encobre muito isso. É um órgão como outro qualquer, que devia ter a atenção devida e não tem”.
Bom para o sexo, ótimo para a vida
Por que fazer sexo? Simples a resposta: é necessário, é prazeroso e é, acima de tudo, muito, mas MUIIIIIIIIITOOOOOO gostoso de verdade. Ter prazer durante o ato sexual é o que as pessoas procuram. Algumas atingem o objetivo, outras não. E melhor ainda quando o prazer se transforma em um orgasmo. E é aí que a técnica do pompofisio entra em ação: ela ajuda as mulheres a potencializarem o orgasmo. É um verdadeiro “milagre” na teoria.
Mas esqueçamos da teoria e entremos logo na prática. Será que o tratamento realmente ensina uma mulher a ter orgasmo? O Imirante.com achou uma personagem que se “transformou”. Enfermeira de 43 anos, Leila Souza [nome fictício] é uma mulher feliz. Mas a felicidade foi algo impensável durante longos e intermináveis vinte anos de seu casamento. O maior problema: não possuía desejo sexual. Para ela, sexo era um “castigo”.
“O meu casamento acabou por diversos motivos, um deles foi justamente o desejo sexual. Eu não tinha desejo sexual nenhum. Quando o meu marido me procurava, era um castigo, eu odiava. Na época, eu dizia que odiava sexo, não gostava de sexo. Se fosse por mim, eu nunca teria relação sexual”, revelou em entrevista exclusiva ao Imirante.com.
Sem vontade de fazer sexo, chegou ao consultório médico para resolver problemas de incontinência urinária e descobriu que o tratamento poderia lhe dar um prazer inédito: um prazer na cama. A enfermeira seguiu à risca o tratamento e, aos poucos, percebeu algo diferente, algo que era novo, algo involuntário e, simplesmente “fantástico”. Leila acabara de descobrir o orgasmo, algo que mudaria sua vida para sempre.
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“A questão sexual foi incrível. Lubrificou todo o canal vaginal. A mulher fica com um desejo muito grande. É fantástico. Eu fiquei assustada porque eu conseguia ter orgasmo sozinha, sem homem. Eu senti orgasmo sozinha. O primeiro orgasmo da minha vida eu tive depois do tratamento e sozinha, sem penetração, sem homem, sem ninguém e foi incrível. Foi uma coisa que eu jamais imaginei um dia em sentir. Tudo graças ao tratamento”, afirmou.
De uma mulher infeliz com um casamento que não propiciava uma vida sexual ativa, Leila passou a ter desejo. O ódio pelo sexo transformou-se em um prazer inigualável. “É um tratamento fantástico. A vida sexual ativa melhora 1000%. Superou o que eu esperava. Foi muito maior do que as expectativas que eu tinha. Isso faz bem para a autoestima, faz bem para a mulher como um todo. O tratamento é maravilhoso. Antes, eu era uma pessoa que odiava sexo, que viveria a vida inteira em um casamento frustrante por diversos motivos, principalmente pelo sexo. Odiava ser tocada e não sentia desejo nenhum, não me sentia mais nem mulher. E, hoje, eu sou uma mulher que se sente feminina, se sente mulher, que consegue sentir prazer sozinha ou acompanhada, que descobriu que o sexo é uma coisa maravilhosa”.
Mas e o marido de Leila? Este não chegou a aproveitar nem um pouquinho a nova fase da mulher porque os dois se separaram. Melhor para o novo amor de Leila, que “enlouqueceu”. “Não tive relação com o meu marido depois do tratamento porque a gente se separou. Mas esta questão do parceiro, eu me relacionei sim com uma pessoa que enlouqueceu de tanto o que ele sentiu o efeito do tratamento apesar de ele não ter me conhecido antes. Ele expressava verbalmente o resultado: ‘puxa, que maravilha e tal e tal e tal (risos)”, concluiu.
Viva o orgasmo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, apenas 20% da população mundial de mulheres sentem orgasmo. Parece um número baixo, e realmente é. Mais mulheres tendo orgasmo significa mais mulheres felizes.
“O orgasmo é benéfico. É cientificamente comprovado porque quando a mulher desencadeia um orgasmo, os hormônios dela são despertados. Quando você tem um orgasmo, você relaxa. Mulheres que sentem orgasmo são mais felizes, são mais bem resolvidas”, esclarece a doutora.
E é aí que entra a técnica do pompofisio. Se lembra do assoalho pélvico do início da reportagem? Pois bem. Ao fortalecê-lo, a mulher consegue ter e proporcionar muito prazer ao companheiro. Em um português claro, a vagina acaba obtendo a capacidade de massagear o pênis, o que resulta em certas “mordidinhas”.
“Mulher que treina a musculatura do assoalho pélvico aumenta a intensidade orgásmica e faz com que ela sinta orgasmo porque aumenta a vascularização local, e quando isso acontece, aumenta a sensibilidade. Aí, automaticamente ela passa a ter orgasmo porque fica muito sensível com a fricção do pênis. Ela consegue ter total controle da musculatura na hora de apertar e de soltar. A mulher quando treina a musculatura consegue massagear o pênis, consegue dar mordidas no pênis e isso dá um prazer imenso para o parceiro também”, explicou a Dra. Nágdia Rego.
E mulheres, uma curiosidade para aproveitar ao máximo o ato sexual. “Dá para impedir o orgasmo do parceiro. Você tem esse controle sobre ele. Você aperta a base do pênis e aí interrompe o orgasmo dele”, revelou a fisioterapeuta.
Tratamento
Durante o tratamento são usados alguns utensílios para estimular os exercícios do assoalho pélvico: bolas Bem-Wa, cones vaginais e eletroestimulação. Vale destacar que o pompofisio não beneficia apenas o sexo. A técnica também cura e reabilita disfunções uroginecológicas.
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