SÃO LUÍS – Pelo menos vinte pessoas participaram do linchamento Cleidenilson Pereira Silva na última segunda-feira (6), no Jardim São Cristóvão, em São Luís. A afirmação é do adolescente de 15 anos que também sofreu agressões.
Em depoimento à polícia, o menor disse ter visto, “ao menos, 20” agressores, e que Cleidenilson recebeu facadas, pauladas e chutes. Contudo, ele afirmou que não conseguiu identificar ninguém. A afirmação do adolescente vai de encontro à tese do delegado Guilherme Sousa Filho, da Delegacia de Homicídios, que acredita que o linchamento tenha sido obra de um pequeno grupo de pessoas.
O adolescente teve as mãos e os pés atados e sofreu ferimentos leves. Ele foi salvo do linchamento com a chegada da polícia ao local. O depoimento dele não confirma a tentativa de assalto a um bar. De acordo com o adolescente, ele e Cleidenilson estavam apenas passando pelo estabelecimento. O linchamento, segundo ele, começou quando a população percebeu que eles estavam armados. Porém, ele admitiu ter manuseado a arma com Cleidenilson em frente ao bar. Para policiais da Delegacia de Homicídios, uma das poucas certezas que se tem até o momento é que os dois estavam se preparando para um assalto.
Após o depoimento, que ocorreu ainda na segunda-feira (6), o adolescente foi liberado porque não houve vítimas. Contudo, foi aberto um processo por porte ilegal de arma de fogo - com ele, a polícia apreendeu um revólver calibre 38.
Em entrevista ao Imirante.com, na tarde desta quinta-feira (9), o delegado Guilherme Sousa Filho afirmou que os envolvidos no linchamento poderão responder por homicídio triplamente qualificado. Para o delegado, o linchamento é injustificável.
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