Especial água

"Em São Luís não falta água, falta eficiência na distribuição", diz cientista ambiental

De acordo com Márcio Váz, só existe rodízio de água na capital maranhense porque os sistemas de distribuição são ineficientes.

Daniel Moraes / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
Operários trabalhando em substituição de adutora do Sistema Italuís (Foto: Fabrício Cunha / O Estado)

SÃO LUÍS – “Em São Luís não falta água. O que falta é uma distribuição eficiente. Água tem”. A afirmação é do cientista ambiental Márcio Vaz, que também é professor do curso de oceanografia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). De acordo com Márcio, só existe rodízio de água na capital maranhense porque os sistemas de distribuição (como o Italuís, por exemplo) são ineficientes.

“O rio Itapecuru puxa um metro cúbico de água por segundo, a cidade de São Luís inteira consome dois metros cúbicos. Basta duplicar o Italuís, tornar a distribuição de água mais eficiente, que não existirá mais a necessidade de rodízio. Repito: o problema da capital e Região Metropolitana não é falta de água. Água tem”, afirma o cientista.

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Márcio Vaz também comentou sobre a utilização de poços artesianos. “O poço é mais caro e imprevisível. Normalmente, eles são de perfuração rasa. Se todo mundo começa a perfurar, cria-se um risco de que essa água acabe. A forma mais eficiente e barata são os rios”, esclarece. Atualmente, segundo o cientista, cerca de 40% da população ludovicense utiliza poços artesianos.

O Imirante.com entrou em contato com a assessoria da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), solicitando esclarecimentos sobre o abastecimento de água em São Luís mas, até o momento da publicação desta matéria, não obteve resposta.

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