Santo padroeiro dos pescadores

Devotos e grupos de bumba-boi lotam o Largo de São Pedro

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h53

SÃO LUÍS - Desde a madrugada, dezenas de grupos de bumba meu boi se reúnem no Largo de São Pedro para pedir as bênçãos do santo que tem as chaves do céu. Este foi apenas o início do ápice da festa, que começou na semana passada e termina hoje (29), com a missa campal. Antes, porém, logo pela manhã, a partir das 8h, foi iniciada a procissão marítima, quando centenas de embarcações seguem o andor de São Pedro pelas águas da Baía de São Marcos.

Este ano, ao contrário do que vinha ocorrendo, a imagem será carregada em uma embarcação menor, uma lancha de praticagem, isto porque, segundo explica Regina Soeiro, coordenadora do Conselho Comunitário da Igreja de São Pedro, a lancha Diamantina, que fazia o trajeto, está em manutenção e não poderá participar da procissão. A principal consequência desta mudança é que apenas dez pessoas poderão navegar no mesmo barco que o santo, sendo que quatro delas serão os carregadores.

O restante dos fiéis terá que seguir em barcos separados. Mas pelo menos três embarcações já estão separadas para realizar o transporte. “O mais importante é que vamos realizar a procissão. Se a situação está desse jeito, temos mais é que agradecer a São Pedro”, afirmou Regina Soeiro, que acompanhará a procissão em terra, pois, ironicamente, tem medo de navegar.

A procissão sai da Rampa Campos Melo e, após cerca de uma hora, retorna para o ponto de início, quando o santo será levado novamente para a capela. No período da tarde, a partir das 16h30, será realizada a procissão terrestre, que vai percorrer as ruas São Pantaleão, Passeio, Largo do Cemitério da Saudade e se encerrará com a missa campal no Largo de São Pedro, por volta das 18h.

Para Regina, no entanto, ainda falta uma fé maior do povo, que quase não participa do festejo, a não ser das grandes concentrações, como o encontro de grupos de bumba meu boi e a procissão marítima. Além disso, ela critica a visão dos governantes, pois, apesar de ser um dos mais antigos da cidade, o festejo no Largo de São Pedro é praticamente esquecido pelo poder público. “As pessoas pensam que a festa de São Pedro se resume somente ao encontro de bois. Mas temos muito mais que isso”, ressaltou.

Leia mais na edição on-line de O Estado.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.