SÃO LUÍS - Um jovem identificado como Fernando Campos Pinheiro, de 26 anos, morador do Turu, disse ter sido agredido verbalmente, no fim de semana, por um policial militar, lotado na Unidade de Segurança Comunitária (USC), do da Divinéia/Vila Luizão. O caso aconteceu na avenida Planalto, na região da Divinéia.
A vítima conta ao Imirante.com, que aproveitou o intervalo do jogo, e saiu de casa em uma motocicleta para comprar um lanche, quando foi abordada pelo militar. Ele pediu a carteira de identidade e habilitação.
- Eu apresentei a documentação e depois ele me pediu outra vez. O fato de ter dito a ele que não apresentaria mais, foi o suficiente para que ele me agredisse verbalmente, me chamando de moleque. E que ele não tinha medo de "machão". Ao subir em minha moto ele queria levá-la, mas disse a ele que não estava com a moto irregular. Inclusive chegou a bater foto da minha moto. Passei por um constrangimento sem necessidade - ressalta.
Fernando disse, ainda, que filmou o mesmo policial fazendo a revista em outro rapaz, identificado apenas como Francisco, morador da Vila Luizão. O policial exigiu a carteira de habilitação de Francisco. E como não estava com ela no momento, também foi alvo da fúria do militar.
- Fernando, que eu conheço da Vila Luizão, explicou que estava sem a documentação. Ele argumentou dizendo que estava errado, mas o policial começou a desacatá-lo. Eu filmei tudo. Quando ele percebeu que estava filmando ameaçou tomar o meu celular armado com uma pistola. Quando é um bandido eles não tratam desse jeito, mas as pessoas de bem, sim - comentou.
Indagado sobre o nome do policial agressor, Fernando não soube informar. Disse apenas que já tinha sido parado duas vezes pelo militar.
Outro lado
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O Imirante.com conversou por telefone com o coronel Jorge Luongo, comandante da USC e foi informado de que já foi iniciada a apuração da conduta dos policiais envolvidos no ocorrido. O comandante informou ainda que tanto a vítima quanto testemunhas estão prestando depoimento e somente após o fim das investigações é que a Polícia poderá se posicionar.
Luongo ressaltou ainda que há um ano a a unidade foi instalada no bairro e que está é a primeira ocorrência de casos de supostos abuso de poder. "Precisamos observar todas as nuances e por enquanto não podemos adiantar o que vai acontecer. O importante é que isso foi uma exceção," explicou.
Assista, a seguir, ao vídeo
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