SÃO LUÍS - O julgamento do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá será retomado às 8h30 desta terça-feira (4), com os depoimentos das três últimas testemunhas. Em seguida, sem divulgar em qual ordem, serão ouvidos os réus Jhonatan de Sousa Silva, o executor do crime, e Marcos Bruno Silva de Oliveira, apontado como piloto de fuga do matador. Os dois acusados respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha. Às 14h, após um intervalo de duas horas, defesa e acusação deverão iniciar os debates com duração aproximada de duas horas e meia para cada parte.
O juiz Osmar Gomes dos Santos, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, garantiu que se tudo ocorrer dentro do previsto, a sentença poderá ser lida às 23h desta terça-feira.
Testemunhas
Promotores de Justiça e advogados de defesa usaram o primeiro dia do júri popular para confirmar ou contestar alguns trechos de depoimentos dados pelas testemunhas arroladas no processo que trata do assassinato do jornalista Décio Sá.
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Cinco pessoas foram convocadas pelo Ministério Público Estadual (MP) e seis pelos defensores dos réus Marcos Bruno Silva de Oliveira, de 29 anos, e Jhonatan de Sousa Silva, de 25 anos, apontados como executores do crime. Do total apontado pela defesa, três (Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita, e os policiais Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros) foram dispensados pelos advogados no fim da sessão de segunda-feira (3), fato que deverá acelerar os trabalhos.
Punição
Em entrevista coletiva após a sessão de ontem (3), os promotores Rodolfo Soares dos Reis, Haroldo Paiva de Brito, e Benedito de Jesus Nascimento Neto, o Benedito Coroba, também afirmaram que, diante das provas colhidas antes do julgamento e das criadas durante os depoimentos das testemunhas, será aplicada pena máxima aos réus Marcos Bruno Silva de Oliveira, de Jhonatan de Sousa Silva. No entanto, os promotores fizeram uma ressalva e lembraram que a sentença terá um fator que poderá ser preponderante para o grau ou não de rigor: a análise dos jurados.
No júri popular, pessoas ligadas à comunidade onde ocorreu o crime são recrutadas de uma lista do judiciário para julgar o caso. Normalmente, 25 pessoas são convocadas para formar um júri. No caso Décio, a Justiça ordenou a convocação de 20 pessoas para evitar falta de quórum - é necessário que, ao menos, 15 pessoas compareçam no dia do julgamento. Depois dos depoimentos, da apresentação das provas e dos debates, os jurados votam em uma sala secreta.
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