Caso Décio

Áudios mostram conversas entre acusados do caso Décio

As gravações foram registradas dias antes da Operação Detonando, em junho de 2012.

Elirdes Soares / Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h08

SÃO LUÍS- Alguns dos áudios que foram utilizados nas investigações do Caso Décio Sá, foram veiculados em um blog de São Luís e mostram as escutas telefônicas, entre dois dos acusados do assassinato da morte do jornalista.Os áudios foram autorizados pela justiça e mostram a conversa, entre dois dos apontados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, como mandantes da execução do jornalista.

As gravações foram registradas dias antes da Operação Detonando, comandada pela Polícia Civil, em junho do ano passado. As conversas releva como os acusados se comportaram diante dos fatos que estavam acontecendo.

As conversas a seguir, são do empresário Gláucio Alencar e os investigadores da Polícia Civil Alcides Nunes e Joel Durans. O empresário Gláucio Alencar foi preso na Operação Detonando, deflagrada pela Polícia Civil, em junho do ano passado. No inquérito policial, Gláucio é acusado de ser o mandante e financiador do crime contra o jornalista, em 23 de abril de 2012, em um bar na Avenida Litorânea.

As conversas a seguir foram travadas nos dias 11 e 12 de junho.

Na primeira escuta, o empresário combina, com um dos investigadores da PC, um almoço em um shopping da cidade: “Eu tava agoniado aqui. Vamos fazer o seguinte: eu ainda tô agoniado, vamos marcar amanhã meio-dia pra gente almoçar lá no Shopping São Luís”, O registro da ligação foi às 15h21 do dia 11 de junho, do ano passado.

No fim da tarde, às 18h, Alcides e Durans falaram ao telefone sobre uma viagem a trabalho naquela semana. Mas, durante a ligação, os agentes falaram que precisavam "resolver aquele negócio daquele ‘caboclo’ antes da viagem”. O terceiro registra uma conversa, ainda entre os dois investigadores, às 6h44 do dia 12 de junho, eles comentaram sobre o assassinato de Valdênio José da Silva, na época, um dos suspeitos de assassinar o jornalista. Valdênio havia sido executado uma noite anterior, em sua própria residência, no Residencial Pirâmide. As escutas registraram o seguinte:

Alcides: Mataram aquele ‘caboclo’ lá da Pirâmide, né, envolvido na morte do Décio Sá.

Durans: Mataram ele de noite, ontem. Um cara me ligou, que mataram ele umas nove horas da noite. Rapaz, olha como é que negócio tá.

[...]

Alcides: Rapaz, não tão mais respeitando [ininteligível] . Já tô com medo, já. Eu acho que ele não tinha nada a ver, mas andou falando acho que besteira. Ele falou uma ‘ruma’ de coisa pra mim.

Durans: Não tinha nada a ver com a morte do cara [de Décio].

O investigador Alcides se pronunciou dizendo que ele se aproximou da quadrilha, para investigar a agiotagem. O blog relata que a Secretaria de Segurança Pública incluiu os investigadores nessa viagem "arranjada" que falam durante as ligações, como estratégia para tirá-los da cidade antes da deflagração da “Operação Detonando” e evitar o vazamento antecipado de informações aos acusados.

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