O escritório regional de Caxias da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes), lança o Projeto Cores do Sertão Maranhense, nesta quarta-feira (28), às 8h, na Praça da Matriz, como parte da I Feira de Artesanato Natalino do município.
O Projeto Cores do Sertão Maranhense surgiu para fortalecer a renda econômica das quebradeiras de coco que sustentam suas famílias por meio da venda do babaçu. Cerca de 60 quebradeiras da Região dos Cocais que produzem peças artesanais, a partir da folha da palmeira babaçu, participam da Feira. Entre as peças de artesanato, estão à venda peças de decoração natalina, flores para casamento, presentes para aniversários, dentre outros adereços.
Geração de renda
A partir do lançamento, o Projeto será ampliado para outros municípios, em atividades geradoras de renda, a partir das riquezas naturais existentes nas demais regiões do Estado, em ações em curto, médio e longo prazo.
Para implantar o Projeto, a equipe técnica da Agerp de Caxias desenvolveu ações durante quatro meses com mulheres dos povoados de Barro Vermelho, Boca da Mata, Morro e Maribondo. Todo o projeto foi realizado com recursos destinados à Capacitação de Agricultores Familiares (Capacitagri).
O contato com as quebradeiras de coco daquela região foi feito por meio de atividades de mobilização, sensibilização, capacitação e orientação, desde o processo produtivo à comercialização, tendo como principais parceiros o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Câmara dos Diretores Lojistas do Maranhão (CDL) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
"Sinto-me feliz, com a sensação de que, todos, somos capazes de fazer as coisas acontecerem. As pessoas precisam de motivação. Constatei isto acompanhando o processo de produção das peças com as artesãs e instrutoras", afirmou Marta Surama, engenheira agrônoma, gestora regional da Agerp de Caxias e autora do projeto de artesanato.
"No mês de outubro, transformamos nossas cozinhas em mini laboratórios, e cada descoberta de textura era uma festa para as mulheres. Quando iniciamos as capacitações nas comunidades, foi outra festa, pois as agricultoras foram testar o aproveitamento da folha da palmeira do babaçu, e passaram a refletir em família sobre os prejuízos causados pelas queimadas, e o quanto se perde em matérias primas da biodiversidade, que podem gerar renda", explicou Marta Surama.
Com a participação na Feira Natalina, a equipe regional da Agerp acredita que as agricultoras familiares vão se sentir motivadas a continuarem produzindo peças artesanais, pois elas vão ter o seu trabalho remunerado, capacidade econômica para a aquisição de produtos, além de se sentirem seguras para acessarem crédito para a atividade.
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