Caso Décio Sá

Preso homem suspeito de conduzir a moto na fuga do assassino de Décio Sá

Marco Bruno Silva Oliveira foi preso, nesta quarta-feira (7), no bairro do Cohafuma.

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h15

SÃO LUÍS - A Secretaria de Segurança apresentou, na manhã desta sexta-feira (9), o homem que pilotava a moto para o assassino de Décio Sá. Marco Bruno Silva Oliveira, de 28 anos, foi preso, nesta semana junto com uma quadrilha de hacker. Ele estava em um hotel no Calhau, enquanto o resto da quadrilha estava em uma casa no Cohafuma.

Segundo informações do repórter Domingos Ribeiro, da Rádio Mirante AM, Marco Bruno Silva Oliveira já teria confessado que recebeu a quantia de R$ 7 mil para conduzir a moto para Jhonatan de Sousa Silva no dia do crime.

Detalhes

Marcos Bruno Silva de Oliveira, 28 anos, natural de Bacabal, é apontado pelas investigações como o condutor da moto que deu fuga ao executor de Décio, Jhonatan Silva, preso na Operação Detonando. Ele, que estava foragido desde a época do crime, completa o grupo composto por outras seis pessoas: Gláucio Alencar Pontes Carvalho, de 37 anos; José de Alencar Miranda de Carvalho, 72 (pai de Gláucio); José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”; Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Buchecha”, 38; Aurélio Saraiva Silva; e o próprio executor Jhonathan.

Marcos Bruno é cunhado de um homem identificado apenas como “Chileano” e “Balão”, também suspeito de participação da organização criminosa. Ele foi apresentado, nesta sexta-feira (9), pelo secretário-adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos, Laércio Costa, durante entrevista coletiva concedida à imprensa. Participaram ainda, a delegada geral de Polícia Civil, Maria Cristina Resende; o subdelegado geral, Marcos Affonso Junior; o superintendente estadual de Investigações Criminais, delegado Augusto Barros; e o delegado Alberto Wagner, da comissão que investigou a morte de Décio Sá.

“Estávamos monitorando Marcos Bruno desde a morte do jornalista. Tínhamos informações que ele esteve na cidade de Mimoso, no Espírito Santo. Chegamos a montar dois cercos, com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo, mas, ele escapou. Sabendo que estávamos no encalço dele, ele foi para Parauapebas e Marabá, no Pará e de lá veio para São Luis, onde foi preso”, detalhou o secretário-adjunto Laércio Costa.

Marcos Bruno foi preso na quarta-feira (7), por policiais do Departamento de Combates a Crimes Cibernéticos, da Seic, em quarto de um hotel localizado na Avenida Litorânea. Ainda de acordo com Laércio Costa, em depoimento, Marcos Bruno confessou a participação no consórcio que programou a morte de Décio Sá e detalhou a participação de alguns componentes. Falou, ainda, sobre a morte de Fábio Brasil, em Teresina. A Polícia afirmou que o depoimento fecha alguns pontos que estavam em abertos, entre os quais, o valor ganho pelo condutor e o percurso feito pelo executor até a subida no morro. “Marcos Bruno foi muito contundente e detalhista no seu depoimento. Para transportar o executor, ele afirmou que ganhou R$ 7 mil. Sobre a morte de Fabio Brasil, afirmou que apenas participou de uma reunião em que foi tramado o crime”, completou Laércio Costa. Os outros pontos foram apenas confirmados com o depoimento do condutor da moto.

Caso Décio Sá: lembre como ocorreu o crime

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O jornalista da editoria de política do jornal O Estado do Maranhão, Décio Sá, 42 anos, foi assassinado com cinco tiros à queima roupa, em um bar na Avenida Litorânea, em São Luís, por volta das 23h30, no dia 23 de abril. Quatro tiros foram disparados na cabeça do jornalista e dois no tórax. Décio Sá teria ido jantar no local e foi morto enquanto aguardava a refeição.

As investigações deram conta de que dois homens teriam chegado ao local em uma motocicleta, e um deles teria entrado no estabelecimento para efetuar os disparos. A arma utilizada no crime foi uma pistola 0.40, arma de uso exclusivo da polícia.

Após o crime, o executor teria fugido na moto com o comparsa que o aguardava do lado de fora do bar. Na mesma noite, uma força-tarefa com integrantes da Delegacia de homicídios, do Plantão central da Polícia Civil e da Superintendência de Investigações Criminais, deu abertura imediata ao inquérito investigativo.

Envolvidos

As investigações da "Operação Detonando", que duraram cerca de 50 dias, chegaram a sete pessoas que participaram do crime. Carros, documentos, cheques e notas de empenho de prefeituras maranhenses foram apreendidos e serão periciados.

No mês passado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão apresentou alguns dos suspeitos de envolvimento no caso: Gláucio Alencar, de 34 anos, apontado como um dos mandantes do crime e suspeito de ter financiado a execução do jornalista; José de Alencar Miranda Carvalho, de 72 anos, pai de Gláucio Alencar, apontado, também, como mandante e financiador do crime; capitão Fábio, conhecido, também, como "Capita", subcomandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado do Maranhão, suspeito de fornecer a arma que executou o jornalista; Jhonatan de Sousa Silva, de 24 anos, apontado como executor de Décio Sá e que está preso desde o dia 5 de junho por tráfico de drogas – com uma extensa ficha criminal; Fábio Aurélio do Lago e Silva, de 32 anos, o "Bochecha", preso na Chácara Brasil, é suspeito de participar do crime e teria todo o conhecimento das ações do grupo; José Raimundo Chaves Júnior, o "Bolinha", de 38 anos, preso no Jardim Eldorado, suspeito de intermediar as ações do crime; e Airton Martins Monroe, de 24 anos, suspeito de ter apresentado o executor do crime a "Bolinha".

O deputado Raimundo Cutrim foi suspeito de estar envolvido no crime, de acordo com o depoimento de sete horas, prestado no dia 9 de junho, por Jhonatan de Sousa Silva.

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