SÃO LUÍS – Hoje, 30 de agosto, é "Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla". A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica que aparece mais frequentemente em adultos jovens e que afeta mais de 20 mil pessoas no Brasil e cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, mas tem tratamento. Para informar a população sobre a esclerose múltipla, a Associação dos Amigos e Pacientes de Esclerose Múltipla do Maranhão (AAPEM) – entidade criada pelos próprios pacientes – realiza, nesta quinta-feira, a partir das 10h, no Rio Anil Shopping – Turu –,palestras instrutivas, plantões tira-dúvidas e distribuição de material informativo, como gibis, folhetos e folders. Serão 15 profissionais, entre neurologistas, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogos e fonoaudiólogos presentes na ação.
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica e degenerativa do sistema nervoso central, provocada pela mielina, uma substância que isola os nervos, agindo como a cobertura de um fio elétrico e permitindo que o nervo que transmita impulsos rapidamente. Os principais sintomas são: perda de visão, visão dupla, rigidez, fraqueza, falta de equilíbrio, dormência, dor, problemas no controle da bexiga e intestinos e fadiga. Ao apresentar sintomas, deve-se consultar um neurologista.
Causas
De acordo com o médico neurologista Achilles Câmara Ribeiro, não existe uma causa específica que leve ao quadro de esclerose múltipla. "Alguns fatores se admitem, hoje, que, interferindo no indivíduo com pré-disposição genética para desenvolver essa doença, ela se manifesta. Quem vai desenvolver, não se tem como saber. Um filho de uma pessoa com esclerose múltipla, por exemplo, pode não desenvolver", afirmou em entrevista à reportagem do Imirante na manhã desta quinta-feira (30).
A doença acomete, em grande parte, mulheres e pode ser confundida. "O grande problema é que ela confunde com todas as doenças neurológicas. Às vezes simulam derrame, uma labirintite, uma convulsão, uma infecção. Às vezes, ela se manifesta em uma infecção viral ou segue outra infecção. E, às vezes, ela se manifesta na forma de surtos", explica o especialista.
Tratamento
O tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar. Os remédios utilizados no tratamento da esclerose múltipla deixam sequelas. Por isso, a necessidade de acompanhamento com neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, etc.
"Existem algumas drogas que se usam, hoje, que provocam uma série de efeitos colaterais. Muito recentemente, no Brasil, está em uso o único medicamento oral. Existiam quatro medicamentos na forma subcutânea, com aplicação diária, a cada três dias ou uma vez por semana, onde os pacientes são muito traumatizados. Há perspectiva da criação de outras drogas orais nos próximos anos", conclui.
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