Meio ambiente

São Luís recebe, neste domingo, ação do movimento 'Limpa Brasil'

Ideia da mobilização é convidar cidadãos para retirar lixo descartado irregularmente nas ruas.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h20
Foto: Arquivo/Flora Dolores/O Estado.

SÃO LUÍS – Com o objetivo de retirar resíduos sólidos jogados em locais indevidos, o movimento "Limpa Brasil, Let’s do it!" realiza, neste domingo (1º), uma ação em São Luís. A ideia da mobilização – que surgiu em 2011 – é convidar, em um dia, os cidadãos para retirar o lixo descartado irregularmente nas ruas da cidade, e incentivar reflexão para a mudança do hábito, por meio da responsabilidade individual. Outras 13 cidades devem receber, este ano, ações do "Limpa Brasil". O movimento conta com a cooperação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

De acordo com a coordenadora do movimento "Limpa Brasil", Marta Rocha, a ação teve início na Estônia, norte do Europa Setentrional, alcança, atualmente, 140 países e teve de ser adaptado para o Brasil. Ela defende uma consciência maior sobre a questão do descarte adequado do lixo. "É esse mau hábito que temos que é de 500 anos. Na época dos escravos, se jogava o lixo porque tinha alguém que ia lá limpar, mas com a modernidade, o país cresceu, triplicou de tamanho. O Brasil está sofrendo uma pressão muito grande de material reciclado, de lixo. Tudo vira lixo porque se mistura, porque se estiver separado não é lixo, são produtos. Muita gente nos questiona: ‘ah, mas não tem lixeira, né?’. É verdade. Mas em muitos países da Europa, do mundo, foram abolidas as lixeiras por causa dos atentados, e as pessoas não têm a cultura de sujar as cidades. Portanto, elas acomodam o que elas ‘geram’ em algum ambiente, dentro da própria bolsa, num saquinho, e descartam quando encontram um lugar em que possam descartar. Então, a preocupação do ‘Limpa Brasil’ é na questão da educação, na mudança de cultura, de a gente aprender a separação desse material, de ter serviços dos setores públicos e privados para fazer a reutilização desses materiais, e há tecnologia para se fazer isso", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta sexta-feira (29).

Para participar do movimento, basta retirar um kit voluntário em uma agência do Banco do Brasil ou em um dos mais de vinte pontos de entrega espalhados pela cidade – veja a lista completa de pontos de entrega – e recolher os resíduos sólidos nas ruas da cidade com o "saco verde" de 100 litros. O "saco verde" cheio deve ser entregue nos pontos de entrega e pode ser trocado por entradas simbólicas para o show de Toni Garrido, que ocorrerá, às 19h, na praça Maria Aragão. O trabalho na capital maranhense foi iniciado com apoio de escolas públicas e lideranças comunitárias. "A nossa esperança é de ter gente na rua, dando exemplo para o filho. Nosso objetivo é convencer, alguns cidadãos, de que nós precisamos mudar nossa atitude em relação ao meio ambiente", afirma Marta Rocha. Quase todo tipo de material seco é aceito na campanha, sendo apenas não recomendado o material orgânico, vidros e agulhas.

A coordenadora da mobilização elogiou ao projeto "Ecocemar", da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), que dá descontos na conta de energia elétrica em troca de resíduos recicláveis. São, ao todo, 14 postos de coleta, e tipo de material pode ser entregue – saiba mais sobre o projeto. "É a primeira vez que vimos algum projeto do tipo, com intensidade e logística. Em Curitiba, tem um sistema de desconto em IPTU e em ônibus. Nós temos, ainda, algumas cidades para chegar, mas um projeto de desconto em energia, foi a primeira vez que vimos", disse.

A ideia do "Limpa Brasil", também, é deixar um legado de educação ambiental nas escolas da cidade, para mobilizar as futuras gerações. Outras informações sobre o movimento podem ser obtidas na página eletrônica www.limpabrasil.com.

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