SÃO LUÍS - O presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MA), desembargador Antonio Guerreiro Júnior, pediu ao secretário da Segurança Pública, Aluísio Mendes, ampla investigação sobre Deyslan Silva Mendes. Preso na sexta-feira (4), em Governador Nunes Freire, sob acusação de falsificação de títulos eleitorais e posse indevida de documentos da Justiça, ele teria dito à polícia ser servidor do TJ-MA. “Deyslan Mendes não integra ou integrou o quadro de servidores do TJ-MA”, atesta a diretoria de Recursos Humanos.
Em novo depoimento na Secretaria de Segurança, na manhã nessa segunda-feira (7), Deyslan Mendes negou ser servidor do Judiciário. Um oficial da diretoria de Segurança Institucional do TJMA acompanhou o interrogatório. Segundo o presidente, a negativa do farsante não encerra a questão. “Essa história precisa ser apurada a fundo”, comentou.
A prisão do falsário, lista de documentos apreendidos e teor do seu depoimento foram divulgados neste domingo (6), em blog. Ainda ontem a Assessoria de Comunicação do TJ-MA enviou nota ao jornalista, na qual informava o pedido de providências e desmentia vínculo trabalhista do suposto servidor com o Judiciário estadual.
“Não conhecemos este senhor. O que o Tribunal de Justiça quer saber são os motivos do falso depoimento, quem o induziu a fazê-lo e se há mais envolvidos nessa trama”, disse Guerreiro Júnior. O presidente se absteve de conjecturas quanto ao episódio.
“São crimes muitos graves. Quem deve fornecer as respostas adequadas ao caso é a polícia. Por isso, pedi a ajuda da Secretaria de Segurança”, disse, admitindo em seguida que um pedido para que a Polícia Federal (PF) averigue o caso não está descartado.
Guerreiro Júnior informou que pedirá à Corregedoria Geral da Justiça o acompanhamento da investigação policial, em razão de terem sido encontrados com Deyslan certidões de nascimento, casamento e óbito, e mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Cível de São Luís.
O que disse o falsário:
Deyslan Mendes informou na sexta-feira (6), em interrogatório, trabalhar no cartório eleitoral de Santa Helena (região da Baixada), desde 2003. Ainda segundo o depoente, teria sido transferido para o Tribunal de Justiça em 2008, após aprovação em concurso para técnico judiciário. Desde essa época estaria de licença, contou.
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