Morte

Polícia mata homem que estava alterado e armado em Codó

A família alega que houve axecesso ao tentar conter o homem.

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h22

CODÓ - O carroceiro, Mauro Mariano Santana, de 28 anos, foi morto na tarde dessa quinta-feira (26), por volta das 15h30, no cruzamento da Travessa Rio Grande do Norte com a Fausto de Sousa, bairro São Sebastião, numa ação da Polícia Militar chamada, por um militar reformado, para contê-lo, pois estava alterado e armado com um facão na rua.

O comandante da PM de Codó, major Jairo Xavier, disse, em coletiva à imprensa, na manhã desta sexta-feira (27), que os militares agiram de acordo com o que recomenda a técnica policial para casos desta natureza. O homem teria recebido dois tiros nas pernas, como continuou partindo para cima dos soldados foi atingido com outro disparo no rosto.

"De posse do facão atingiu a viatura tentando atingir o motorista da viatura e, em seguida, foram feitos dois disparos conforme manda a técnica do uso progressivo da força, foi feita a verbalização, os disparos de advertência, logo em seguida, um disparo em uma perna, depois um disparo noutro perna e mesmo assim ele não parou ele partiu para cima do policial militar que, infelizmente, efetuou o disparo e que veio ocasionar o óbito dessas pessoas", esclareceu o major.

Família pede justiça

A família entende que houve excesso e alega, mostrando receitas de acompanhamento psiquiátrico, que a vítima sofria de doença mental.

"Perdi meu filho, perdi meu companheiro que Deus me deu. Meu filho tomava remédio controlado, diretamente, era doente mental, meu filho era uma pessoa muito boa (...) eu quero Justiça gente, eu quero Justiça", disse chorando a mãe da vítima, Floriza Batista Mariano.

A irmã, Marina Santana, também se pronunciou aos prantos pedindo que não haja impunidade. "Eu não quero que ele fique como muitos casos que eu vejo, a polícia mata e deixa para lá, não eu quero justiça com meu irmão, ele é gente, ele não é cachorro", apelou.

Inquérito

O caso vai ser investigado pela Polícia Civil. A delegada, Maria Tecla Cunha, não quis gravar entrevista ainda, mas informou que o inquérito policial já foi aberto e algumas testemunhas do caso ouvidas. A polícia judiciária também vai ouvir, nos próximos dias, a versão dos policiais militares envolvidos.

Por enquanto, o comando ainda não afastou os soldados de suas funções. O comandante Jairo Xavier explicou que isso só ocorrerá após a elucidação do caso. "Não, não, de maneira nenhuma eles estarão em serviço, só após a apuração dos fatos e que se a Justiça observar se houve dolo ou não é que após o resultado e a decisão da Justiça é que haverá prisão, de momento não, o fato está sendo apurado", argumentou.

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