Em entrevista, ao radialista Jorge Aragão, no programa Domingo Mirante, da Mirante AM, a promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcante, cobrou a abertura de inquérido policial para responsalizar os organizadores do Metal Open Air (MOA) pelos danos às pessoas prejudicadas pela péssima estrutura do evento, cancelado hoje, após a desistência de mais de 20 bandas.
“O MOA virou caso de polícia. Além das providências legais que tomarei, como representante do Ministério Público, é necessária a abertura de um inquérito policial contra os responsáveis por atos tão lesivos a milhares de pessoas”, cobrou.
Segundo Lítia, o MOA não poderia ter acontecido, devido às irregularidades constatadas pelo Corpo de Bombeiros, Procon e Vigilância Sanitária durante vistoria realizada na manhã da última sexta-feira, no Parque Independência, horas antes do início do festival.
“Os organizadores do evento obtiveram as autorizações mesmo após os órgãos que fizeram a vistoria terem constatado graves problemas de segurança e higiene”, salientou, acrescentando que ao visitar o Parque Independência, na manhã de ontem, verificou a existência de baratas, carrapatos e esterco em áreas destinadas à acomodação do público. “As pessoas que foram ao Parque Independência estão no lixo e vivem um pesadelo. Muitas das que vieram de outros estados não têm dinheiro para voltar para casa”, lamentou.
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A promotora afirmou que a estrutura oferecida às pessoas que pagaram caro pelos igressos do não foi igual à apresentada durante a divulgação do evento. “Ao que parece, a produção do MOA investiu muito mais em propaganda do que na estrutura que seria disponibilizada ao público”, assinalou.
Sobre a repercussão negativa do fracasso do MOA , Lítia Cavalcante lamentou que tal episódio tenha manchado a imagem do Maranhão no resto do Brasil e no exterior. “As pessoas que compraram ingressos para o festival caíram em um golpe de estelionato, que, infelizmente, resultará em grave prejuízo à imagem do nosso estado”, lastimou.
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