Reabertura

Museu do Meio Ambiente será reaberto para a Rio+20

O lançamento do museu ocorreu em 2006, na época, Marina Silva era a ministra do Meio Ambiente.

Alana Gandra / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h26

RIO DE JANEIRO - Com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 5,1 milhões, o Museu do Meio Ambiente será reaberto ao público, em junho deste ano, para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio+20).

Oriundos do Fundo Cultural do BNDES, os recursos serão aplicados na instalação da infraestrutura para os programas educativos, museográfico e de divulgação científica do museu, que fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Esses programas funcionarão no primeiro pavimento, em uma área de 400 metros quadrados. No segundo piso, serão apresentadas exposições temporárias.

Com os R$ 5,1 milhões, serão feitas intervenções que vão desde a concepção geral do museu, implantação dosite e aquisição de mobiliário e de equipamentos de informática até a elaboração de material educativo e treinamento de equipes de monitores e instrutores.

A coordenadora do museu, Lídia Vales, da Associação de Amigos do Jardim Botânico, destaca que no programa educativo, por exemplo, estão sendo desenvolvidos jogos gigantes para crianças, com conteúdos ambientais. Na divulgação científica, o software (programa de computador) Fórum de Debate permitirá ao público discutir temas relacionados ao meio ambiente.

“Isso é superimportante, porque o museu pretende exercitar um diálogo com a sociedade. Ele vai fazer isso por meio dos seus programas. A gente quer esse diálogo, fazer esse canal de comunicação com a sociedade sobre as questões ambientais, mas também não é só falar em mão única. Tem que ter mão e contramão. A gente também quer ouvir a sociedade”, ressalta Lídia.

O projeto tem ainda um cunho social. Segundo a coordenadora, os recursos do BNDES propiciarão a integração ao museu de um programa de apoio do Jardim Botânico para jovens de baixa renda. “Nós vamos trazer, em conjunto com esse programa, esses jovens e remunerá-los para eles serem o apoio aos monitores e a toda a operação do museu.”

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Para ela, o importante do projeto é colocar esses jovens que vivem em comunidades em uma realidade de valorização do conhecimento, da relação pessoal e do próprio meio ambiente. “Dá uma conotação de cidadania para esses jovens.”

O lançamento do museu ocorreu em 2006, em solenidade que contou com a presença da então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A partir das obras de restauro do prédio histórico e administrativo, datado de 1900, o museu foi inaugurado em 2008, abrigando durante dois anos quatro exposições. As obras de restauro tiveram apoio do BNDES no valor de R$ 1,8 milhão.

Após esse período, o museu foi fechado para correção de infiltrações no subsolo, com apoio do BNDES, no montante de R$ 900 mil, além de recursos orçamentários do Jardim Botânico e do Ministério do Meio Ambiente.

A expectativa é que, quando for reaberto, o Museu do Meio Ambiente receba 300 mil visitantes por ano, de acordo com Lídia.

Está prevista a construção de um prédio anexo, que terá uma área de exposições de mil metros quadrados, para mostras de longa duração. O projeto desse novo edifício foi vencedor de um concurso público coordenado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e é assinado por um escritório de arquitetura de Belo Horizonte. A construção deve começar em 2013. Para isso, porém, a biblioteca de referência em botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro terá de ser remanejada para perto da Diretoria de Pesquisa. Como o projeto executivo do anexo está sendo concluído, ainda não foram levantados os investimentos necessários para a obra, explicou Lídia Vales.

Segundo ela, esse prédio novo já recebeu o selo de eficiência energética do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). No prédio histórico, além da questão socioambiental, está sendo considerado o uso sustentável dos materiais. “Tanto na parte expositiva, como na parte da infraestrutura”, ressalta a coordenadora.

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