Itapecuru-Mirim

Justiça garante acesso de agentes de saúde a imóveis fechados

Medida foi necessária para controlar a infestação do mosquito da dengue.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h26

SÃO LUÍS - O Ministério Público do Maranhão ingressou na Justiça, no dia 1ºde fevereiro, com pedido de alvará para garantir o ingresso em imóveis fechados ou abandonados dos agentes de saúde dos municípios de Itapecuru-Mirim e Miranda do Norte no trabalho de combate à dengue.

O autor da solicitação, promotor de Justiça Luiz Eduardo Souza e Silva, da 2ª Promotoria de Justiça de Itapecuru-Mirim, declarou no requerimento, citando informações das autoridades sanitárias locais, que existe no município um elevado número de residências abandonadas, o que dificulta a ação dos profissionais da área no controle de infestação do mosquito Aedes Aegypti.

“O que se espera do Poder Judiciário é a autorização de acesso às residências fechadas e abandonadas, sem prejuízo de todas as cautelas necessárias, a exemplo de documentação do ato, com testemunhas, acompanhamento de profissional especializado (chaveiro) e restituição de fechadurasno mesmo estado encontrado antes da entrada dos agentes de saúde”,esclareceu o representante do Ministério Público.

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Luiz Eduardo Souza justifica o seu pedido na opinião unânime decientistas e do próprio Ministério da Saúde de que o meio mais eficaz “para impedir a transmissão e até uma epidemia da doença é o trabalho contínuo de visitação nas residências, principalmente aquelas situadas nas áreas identificadas sob risco”. Em todo o país, segundo o Ministério da Saúde, um dos maiores obstáculos à atuação dos agentes é exatamente a ocorrência de imóveis fechados no momento da visita ou ainda a proibição do acesso pelo proprietário.

No Maranhão, 31 municípios(14,28% do total) são considerados prioritários pelo ministério notrabalho de combate à dengue, entre os quais Itapecuru-Mirim e Miranda do Norte. De acordo com nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde, o Estado do Maranhão corre risco muito altode epidemia da doença.

As informações são da Secom do Estado.

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